Política

VÂNIA GALVÃO critica Tinoco e Sucom por fechar casa noturna Café Hot

Para a petista o Município precisa por em prática políticas públicas afirmativas
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 22/02/2016 às 22:28
Vânia: turismo sexual não se combate com intolerância
Foto: Ascom da vereadora

O fechamento da casa noturna Café Hot, no Rio Vermelho, pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), foi criticada pela vereadora Vânia Galvão (PT). Segundo ela “turismo sexual não se combate com falso moralismo nem com intolerância, mas com políticas públicas afirmativas”, considerando que tanto a denúncia do colega Claudio Tinoco (DEM) quanto a ação da Sucom em fechar a casa um ato arbitrário, ferem princípios da democracia e o livre arbítrio dos cidadãos brasileiros.

“De fato, não queremos estimular o turismo sexual; contra isso, nós do movimento feminista lutamos há muito tempo, mas não podemos ser intolerantes”, ressalta. Mas, a seu ver, a forma de combater essa prática é através da promoção de capacitação profissional e intermediação da mão de obra.

E questionou: “O que o município e o vereador vão oferecer para as pessoas que perderam seus empregos? Como vão viver? Porque a prefeitura não promove capacitação profissional, e aproveita essa mão de obra junto ao turismo étnico, religioso, cultural ou da terceira idade, que são potencialidades de Salvador? Porque o social não é uma prioridade desta gestão”.

A petista concorda com o posicionamento do presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira: “Se é assim, vão fechar todas as casas de espetáculos de Salvador, também nos bairros periféricos, no Comércio, e vão mandar todas as garotas e garotos para as ruas”.

Em sua opinião a prefeitura está agindo de modo autoritário e não oferece nenhuma alternativa aos cidadãos: Qual o projeto de qualificação profissional para grupos minoritários desenvolvidos pela Saltur, órgão, inclusive que Tinoco já presidiu? O que a gestão de ACM Neto está fazendo por esta população? Só se preocupam com festas; e querem ‘limpar’ a cidade disseminando preconceitos e ampliando a exclusão social”.