Deputado comenta que se governo fizer ajustes repõe a inflação nos salários dos trabalhadores
Tasso Franco , da redação em Salvador |
22/02/2016 às 18:06
Hildécio Meireles: "Um secretário diz uma coisa e outro diz outra"
Foto: BJÁ
O deputado estadual Hildécio Meireles (PMDB) diz que faz um esforço enorme para contextualizar as informações do governo sobre as contas públicas e a choradeira do governador Rui Costa diante da falta de recursos, mas, continua confuso a cada nova revelação da Secretaria da Fazenda.
Segundo Hildécio, os números não batem e alguém ou não está falando a verdade ou está se glorificando além da conta. O parlamenta citou por exemplo, que o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, disse recentemente que o Estado da Bahia, toda a administração, teria economizado R$250 milhões no ano de 2015.
"Aí vem o secretário da Saúde, Fábio Vilas Boas, e diz que só na pasta dele foi uma economia de R$300 milhões, o que inclusive causou um mal estar público com o ex-secretário Jorge Solla. Há, portanto, uma incoerência no estado como um todo economizar R$250 milhões e uma secretaria só R$300 milhões", frisou o parlamentar.
Comentou ainda Hildécio que, "se somarmos os dois números só aí são R$550 milhões em economia o que, em tese, não justificaria um contingênciamente como anunciou o governador Rui da ordem de R$1.05 bilhão, em 2016".
O peemedebista diz que o secretário Manoel Vitório gosta de "se glorificar e depois voltar atrás" e destacou que o governo precisa explicar a população como foi que o custo de pessoal de 2015 em relação a 2014 cresceu 15%, mesmo considerando o reajuste parcelado da inflação em 6.5%.
Para o parlamentar uma situação dessas só se justifica com uma "excessiva quantidade de nomeações desncessárias como vem acontecendo no atual governo".
Perguntado se o governo do estado tem condições de dar o reajuste da inflação aos servidores (10;18%) o deputado disse que sim, desde faça os ajustes necessários no estado, reduza os gastos em publicidade e evite os desperdícios.
DISCURSO VAZIO
“O discurso tanto do Governo Estadual quanto Federal é que a crise impede avançar. Sabemos que, de fato, existe uma crise mundial, mas existe, acima de tudo, uma incapacidade, incompetência desse governo e a prova é que a economia brasileira deve fechar 2016 com o segundo pior desempenho do mundo, segundo dados do Fundo Monetário
Internacional (FMI)”, enfatizou Hildécio em plenário.
A estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país "encolha" 3,5% este ano – resultado melhor apenas que a contração de 6% esperada para a Venezuela. Além de Brasil e Venezuela, apenas outros seis devem ver suas economias ficarem menores este ano: Bielorrússia (-2,2%), Grécia (-1,3%), Rússia (-1%), Guiné Equatorial (-0,8%), Argentina (-0,7%) e Serra Leoa (-0,7%).
"E isso, nada mais é que uma política econômica falida, sem rumo”, concluiu.