Deputado pelo PCdoB sai em defesa do fortalecimento da Ceplac
Vander Prata , Itabuna |
21/02/2016 às 11:05
Encontro com o deputado Davdison Magalhães
Foto: DIV
“A Ceplac está ameaçada de esvaziamento e fechamento pelo Ministério da Agricultura e isto não podemos permitir”, afirmou o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-Ba) depois de reunir-se na sede da Ceplac-Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, em Ilhéus, com a direção, técnicos e representantes dos servidores. Em debate, a proposta do ministério de redução das atividades do mais importante órgão de pesquisa e desenvolvimento da cultura do cacau do Nordeste.
O deputado disse que o Ministério da Agricultura faz uma proposta, “sem debate, sem consultar ninguém”, transformando a Ceplac, hoje um órgão do ministério, em uma simples coordenação de secretaria, reduzindo suas funções: “ Uma decisão de cima para baixo”, acusou. Com isto, afirmou, “perderá recursos, funcionários qualificados, poder de pesquisa e investimentos, o que não condiz com sua grandeza e importância para o desenvolvimento da região sul da Bahia”.
Davidson Magalhães, também vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Lavoura Cacaueira, da Ceplac e do Cacau Cabruca da Câmara, sugeriu uma ampla discussão com todos os setores envolvidos para que aconteça o contrário: “O que é preciso é o fortalecimento da Ceplac, ampliar e redimensionar seu trabalho, para que continue servindo à região como o faz desde sua fundação, em 20 de fevereiro de 1957”.
O deputado promoverá reunião na próxima semana com a bancada de 39 federais da Bahia: “Juntos temos mais força na luta contra esta tentativa absurda de enfraquecimento da instituição, com prejuízo direto para todos os moradores, prejudicando a economia e o desenvolvimento do sul da Bahia”.
NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA
A proposta do ministério, segundo Davidson Magalhães, vai na contramão da história pois reduz as atividades da “instituição responsável pelo maior conhecimento e tecnologia acumulada sobre a realidade da cultura cacaueira na Bahia e no Brasil . É um passo rumo à extinção.” José Bezerra, coordenador do Conselho de Entidades dos Servidores da Ceplac indaga perplexo: “ Essa é única instituição federal do sul da Bahia diretamente vinculada à cacauicultura e o Ministério da Agricultura quer acabar ? ”.
Para o deputado este é exatamente “o momento de recuperação do setor”, que no final de 2015 bateu recordes de exportação no porto de Ilhéus: “O cacau é um dos vetores mais importantes para a retomada do desenvolvimento da região em 2016. Depois da praga da vassoura-de-bruxa, a lavoura do cacau já demonstra recuperação e precisa agora é de novos estímulos, de fortalecimento da agricultura familiar e do plantio em geral, do incremento de fábricas para a produção de chocolate na região. Isto não é hora de enfraquecer a Ceplac. Ao contrário”.
O superintendente a Ceplac, Carlos Alexandre da Bahia encerrou os debates, conclamando: “Nesse momento, a instituição, precisa da união de todos, da sociedade, dos parlamentares, servidores. Na próxima semana esperamos sucesso nessa reunião em Brasília”.
O encontro teve também as presenças de Afrânio Freire (ATEFFA/BA), Edson Rodrigues Gonçalves (CEPLAC/ ITABUNA), Associação dos Funcionários da Ceplac-Itabuna, Isabel Cristina, da Ceplac-Ilhéus, Eduardo Luis Fernandes, Associação dos Aposentados e Pensionistas da Ceplac, Aristóteles Bispo, Raul René Meléndez – Pesquisa/Ceplac , Jorge Bonfim, Conselho das Entidades da CEPLAC.