Política

VEREADOR quer saber o que Neto vai fazer com tanta cerveja apreendida

“O que o “Soberano” quer? Aumentar a criminalidade na folia?”, pergunta Trindade.
Ascom JT , Salvador | 04/02/2016 às 15:51
Já foram apreendidas 11 mil latas de cerveja
Foto: Sucom
Autor de ação contra a Prefeitura de Salvador no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no Ministério Público da Bahia (MP-BA), e no Conselho Administrativo de Defesa da Economia (Cade), em Brasília, para tentar impedir a
exclusividade da venda de cerveja durante o Carnaval, José Trindade (PSL) questiona "o que ACM Neto vai fazer com tanta cerveja apreendida?". O vereador diz que não faz sentido devolver as bebidas após a folia. “Onde os
trabalhadores vão vender? A que preço? Para quem? O Neto de ACM não se incomoda com o prejuízo dos mais pobres”, observa. 

A Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) informou que apreendeu nesta quarta-feira, 03, o total de 2.265 latas de cervejas de marcas que não podem ser comercializadas por conta do contrato com o patrocinador oficial.
“Lembra nossa história recente, quando um coronel imperava em Salvador”, ironizou. “E ainda há uma despesa municipal de cerca de R$ 2milhões para manter essa “Operação Malvadeza” da Sucom, que garante privilégios
a empresários, oprime trabalhadores e controla o gosto de soteropolitanos e turistas”, frisa. 

Trindade ressalta que no começo do ano as famílias têm despesas com material escolar e impostos como IPTU e IPVA. “São pais que aproveitam o Carnaval para ganhar um dinheiro extra, ou mesmo para sustentar a casa durante alguns meses; é trabalho honesto”, se posiciona Trindade. “O que o “Soberano” quer? Aumentar a criminalidade
na folia?”.  


APREENSÃO

Em apenas dois dias de Carnaval, 11,6 mil latas de cerveja já foram apreendidas por técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom). Nesta quinta-feira (4), a ação se concentrou na Barra (1.128 latas) e em um depósito
e um caminhão (6.966), no Campo Grande. Na quarta-feira (3), abertura da festa, outras 3.552 latinhas na nos circuitos Dodô e Osmar também foram recolhidas.

As cervejas, refrigerantes e outros tipos de bebida foram recolhidos porque estavam em  área de proteção de marca e restrição comercial, onde podem ser vendidos apenas produtos credenciados da marca patrocinadora. Foram
apreendidos ainda produtos como toldos, na Sabino Silva (Barra).

As sanções adotadas são respaldadas no Decreto Municipal 20.505/2009, que disciplina o licenciamento e a fiscalização para o Carnaval e festa populares em Salvador. Nesta quinta-feira, os fiscais da Secretaria de
Urbanismo orientaram donos de estabelecimentos dos circuitos para comercializar apenas bebidas do patrocinador oficial do Carnaval.

A Operação Carnaval da Sucom conta com 360 profissionais, entre engenheiros, arquitetos e fiscais, e se estenderá até o fim do Carnaval. Durante esse período, os profissionais da secretaria estarão nas ruas para fiscalizar camarotes, publicidade e atividade irregular, além de produtos de marcas que não estão autorizados a ser comercializados na festa por conta do contrato com o patrocinador oficial.