Vereador Hilton Coelho (PSOL) solidariza-se com servidores da Fundac em greve e classifica de autoritária ação governamental
Ascom HC , Salvador |
23/01/2016 às 14:18
Hilton diz que governo não dialoga e leva a PM para reprimir
Foto: HC
O presidente da Comissão Especial em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Hilton Coelho (PSOL), manifestou seu apoio aos servidores da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) em greve e criticou a postura do governador Rui Costa e da diretora geral, Regina Affonso de Carvalho, "que em lugar de dialogar com os servidores e atender as reivindicações, partiram para o autoritarismo e até mesmo um aparato policial foi utilizado contra aqueles que lutam por salários dignos e melhores condições de trabalho".
O vereador do PSOL considera justas as reivindicações da categoria que tenta negociar um reajuste salarial desde dezembro do ano passado. "Foi a falta de uma resposta positiva e a recusa em negociar que levaram os trabalhadores à greve. Além da proposta de piso salarial de R$ 1.250, a categoria reivindica melhorias nas condições de trabalhos nas cinco unidades, regulamentação da nomenclatura de agente de segurança para socioeducadores e plano de saúde com inclusão para os familiares, ate o momento nem a Fundac e nem a Fundação Jose Silveira se pronunciaram sobre a greve. A luta por melhores condições de vida não é caso de polícia, e sim uma questão de justiça".
Para Hilton Coelho, a utilização de um forte aparato policial solicitado pela direção da Fundac na unidade do CASE-Salvador, localizado no bairro de Tancredo Neves, "mostra a incapacidade e a falta de negociar. Viaturas do Choque, com policiais fortemente armados posicionados para um confronto, é uma ação reacionária de um governo que se diz dos trabalhadores. Intimidar um movimento reivindicatório com ação policial não resolve os problemas. A Fundac é o órgão responsável pela execução, no âmbito do Estado da Bahia, da política de atendimento ao adolescente envolvido em ato infracional e em cumprimento das medidas socioeducativas de semiliberdade e internação. Como pode cumprir sua função se não respeita os funcionários e por extensão, os internos? Nossa total solidariedade aos funcionários e aos internos que precisam ser amparados como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", finaliza o legislador.