Política

Trindade aciona justiça contra exclusividade cervejarias no Carnaval

Para que a ação não se pareça demagógica, o vereador deve também entrar com ações contra a Arena Itaipava e a Ceasinha do Rio Vermelho
ASCOM JT , Salvador | 19/01/2016 às 11:20
Vereador esqueceu da Arena Itaipava e do Mercado do Rio Vermelho
Foto: DIV

Mais uma vez o vereador José Trindade (PSL) dispara sua "metralhadora" contra o
prefeito ACM Neto e entra com ação no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e na
Superintendência de Proteção e Defesa do
Consumidor (Procon) contra a exclusividade da venda de cervejas
durante o Carnaval. "É um absurdo que o prefeito ACM Neto queira
privatizar espaços e até o gosto das pessoas, determinando a marca de cerveja a
ser comercializada nos circuitos da folia; com isso, ele limita as opções de
venda e de lucratividade dos comerciantes, e, principalmente, fere o livre
direito de escolha do consumidor", ressalta. "Entendo que quem
patrocina deva ter o direito de colocar suas marcas nos circuitos com
exclusividade, mas obrigar o cidadão a consumir determinado produto configura
ilegalidade", comenta Trindade.

 O vereador também destaca que a prefeitura tem despesas com fiscalização. "A
prefeitura ainda gasta R$ 2 milhões só para fiscalizar e reprimir os
comerciantes, e até mesmo os blocos têm dificuldade de repor seus estoques,
pois ficam impedidos do livre acesso no circuito", denuncia. Conforme
observa, "não há um benefício para a população que justifique esta
concessão; se ao menos as empresas deixassem um retorno físico na cidade, como
serviços de infraestrutura, poderíamos até entender", observa. "Um
bom exemplo são as reformas da Fonte Nova e da Ceasinha, quando as empresas
contribuíram com a reestruturação dos equipamentos", compara. "Mas no
Carnaval o que fica de concreto para a população?".

 Para Trindade é preciso uma política de atração de empresas privadas que priorize a
tradição da folia momesca que é a festividade livre, espontânea e democrática.
"O processo de vendas de cotas, ou de concessão para comercialização de
cerveja, se é que há essa concessão de forma transparente, deve ocorrer com
critérios que inibam a exclusividade; o prefeito ACM Neto está confundindo
organização com dominação e determinação, o que é típico de um déspota – de um
Prefeito Soberano", dispara.