Leia declarações do deputado José Carlos Aleluia
Pacheco Maia , Salvador |
09/01/2016 às 18:23
Aleluia: "Submetem um órgão vital aos interesses privados"
Foto: Ag Câmara
“O ex Jaques Wagner e o atual governador Rui Costa ‘privatizaram’ a Casa Civil do
governo baiano. Submeteram um órgão vital do estado aos interesses privados. O
compositor e seu parceiro são autores de uma verdadeira ópera tragicômica na
Bahia”, diz o deputado federal José Carlos Aleluia sobre as novas revelações
feitas em reportagem do jornal Estado de São Paulo, neste sábado, a respeito da
etapa baiana da operação Lava Jato.
Depois da divulgação das declarações do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, nas
quais é dito que Jaques Wagner teria recebido um grande aporte de recursos para
sua campanha a governo em 2006 com valores desviados da petroleira, Aleluia
assinala que veio à tona as relações perigosas do atual ministro de Dilma
Rousseff e seu afilhado Rui Costa com uma empreiteira.
“Se já não bastasse, enquanto governador, defender a liberação de mais recursos
federais para obras superfaturadas dessa empresa, comprovadas pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), Jaques Wagner substituiu Rui Costa na Casa Civil por um executivo dela.
E, depois de ser eleito governador, Rui manteve o mesmo executivo na função”,
observa Aleluia.
O ex-diretor da empreiteira virou secretário da Casa Civil do governo, mas antes dele, no
último mandato de Wagner e também no de Rui, outros executivos da empresa exerceram
cargos governamentais estratégicos. “A dupla Wagner e Rui que, em campanha,
sempre combatiam a privatização de empresas públicas ineficientes, hoje
terceirizam pastas estratégicas do estado para favorecer empresas amigas. O
Ministério Público Estadual e Federal precisam entrar em campo e investigar se
há algum conluio nesta história”, recomenda o deputado democrata.