A carta faz ameaças para 2016 e 2018, mas, oposição acha que é balão de ensaio dos peleguistas
Tasso Franco , da redação em Salvador |
24/12/2015 às 08:27
Fetrab e mais 35 sindicatos e associações assinam a carta
Foto: BJÁ
Os deputados da base governista não deram a mínima atenção a "Carta Aberta aos deputados da base governista!" assinada pela Fetrab e 35 sindicatos e associações vinculadas aos servidores públicos protestanto conta a PEC do Servidor e a aprovaram por maioria com 39 votos dos 42 da base. Sem entrar no mérito da carta, o líder Zé Neto (PT) diz que, ao contrário de afirmações de perdas adquiridas, a PEC não penaliza o servidor.
“Agora no fim do ano enfrentamos algumas polêmicas referentes a projetos de lei que tratam sobre uma melhor disciplina de alguns direitos dos trabalhadores do Estado. Vale salientar, que os trabalhadores em exercício não perderam nenhum direto, ao contrário, se garantiu a regulamentação das licenças-prêmios que devem ser gozadas e não pagas como estavam ocorrendo em alguns casos, mas o dever de casa foi feito desde o começo do ano quando o governador Rui Costa fez a reforma administrativa cortando gastos, cargos e diversas despesas”, afirmou.
Zé Neto também relembrou outras decisões tomadas para manter o Estado em equilíbrio.“Outras providências foram tomadas para que o Estado atravessasse a crise e continuasse crescendo, algumas delas no âmbito federal e em outros estados. A Bahia, por exemplo, é um dos últimos Estados a aderir o aumento do ICMS de 17% para 18%, como também a alterar a estabilidade para cargos de confiança”, disse.
O QUE DIZ A CARTA
A carta contém 9 parágrafos e, em resumo, e se dirige aos deputados, mas, óbvio que o endereço principal é o governador Rui Costa.
Cita:"Houve uma clara mudança na relação dos governos do PT com os servidores públicos à medida que os anos de passaram, chegando agora a um quadro que não há qualquer debate e os projetos são aprovados sob a pressão do governador. Foi uma decepção perceber que o vosso comportamento reproduz fielmente a atuação dos deputados governistas passados, que eram criticados por todos vocês. Lamentavelmente os senhores estão se submetendo à ordens. Não há diferença entre esse modo de agir e o modo de atuar do governo que antecedeu o governo Wagner.
Outro trecho:
- Não foi à toa que derrubamos o coronel e seus soldados em 2006. Lutamos para que a conversa, o entendimento e as boas relações de trabalho estivessem à frente do arbítrio e da imposição. Hoje, infelizmente, percebemos a volta do tempo em que as relações se limitavam à formalidade do protocolo da governadoria e da Saeb, onde nossas pautas eram recebidas para sequer serem analisadas.
Por fim, diz a carta que, "reagiremos agora, em 2016, em 2018, sempre.
COMENTÁRIO DO BJÁ
O que se viu na Assembleia não condiz com que está escrito na carta. Houve uma mobilização pifia dos servidores, os deputados da base não deram a mínima atenção nem a carta nem aos servidores que protestaram na Assembleia e votaram sim a todos os projetos do governo. A Oposição, já sabendo que os sindicatos são vinculados ao PT e ao PCdoB, em sua maioria, classificou-os de peleguistas.
Ontem dos 35 que assinaram a carta, apenas integrantes do Sinpojub e do Sindsefaz apareceram para protestar e vaiar os deputados. E só.