Mobilização dos servidores é mínima e base deve votar sem sobressaltos
Tasso Franco , da redação em Salvador |
17/12/2015 às 16:40
Sessão sem surpresas e sem muita pressão de servidores
Foto: BJÁ
A base governista na Assembleia Legislativa aprovou por 40 x 14 votos o primeiro turno da PEC do Servidor Estadual que modifica direitos adquiridos e dá outras providências, sem sobressaltos. O líder do governo, deputado Zé Neto, PT, mobilizou toda a base - serão necessários 38 votos dos 42 da base - e é só uma questão de regimental para que isso aconteça. Durante à tarde, a base votou a urgÇencia do PL que concede gratificações aos policiais por desempenhos.
O líder da Oposição, deputado Sandro Régis, por recomendação do deputado sd Marco Prisco (PSDB), com base na PM, disse que encaminhava votr Não ao projeto porque não atende a Corporação (PM). Já o lider do governo, deputado Zé Neto, encaminha votar Sim e destacou que o prêmio é louvável e vai ajudar no combate ao crime.
No restante da sessão que, estranhamente começou ao meio dia e cinco minutos, os deputados da oposição fizeram muitas críticas ao governador Rui Costa, algumas com adjetivações bem fortes, mas, a liderança da Maioria optou por não responder a nenhuma das criticas e 'queimar' os seus horários de fala na tribuna com a expressão "não há orador". Com isso, Rui ficou sem defesa e foi chamado de traidor, de ter abandonado as suas convicções sindicais e assim por diante.
A estratégia deu certo. Como a mobilização dos servidores é pequena, apenas um grupo ocupando as galerias Paulo Jackson, e há um forte esquema de segurança na Assembleia com PMs armados, grades e controles de acessos,
BANCADA DO SILÊNCIO
O deputado Luciano Simões Filho (PMDB) disse que a PEC do Servidor é apenas um "ato desesperado de fazer receita como se a culpa pelo rombo deixado pelo ex-governador Wagner fosse dos servidores". Simões Filho também criticou a bancada do governo chamando de "bancada do silêncio e aqui ninguém defende o governador, ninguém defende os servidores, e estão apenas para dizer amém", comentou.
Para o deputado Targino Machado (DEM) a antecipação da sessão para o meio dia teve o nítido propósito de esvaziar a movimenação dos servidores e isso é vergonhoso para a Assembleia. "Uma hora dessas vai convocar uma sessão para onze e meia da noite num dia de sexta-feira, que ninguém duvide", comentou o parlamentar.
No entendimento do deputado Sandro Régis, líder da Oposição, se a Assembleia aceitar uma convicação extra para meia noite será abrir mão de todas as nossas prerrogativas e transformar a Casa "numa cozinha do Palácio de Ondina e isso nós não vamos aceitar de forma alguma", frisou.
O deputado Marcell Moraes (PV) diz que nunca um governador com tanta falta de sensibilidade como Rui Costa. "Parece que se esqueceu quando era sindicalista e hoje se transformou num ditador e nós não vamos nos calar diante desse novo Chege".
Foi uma tarde inteira de criticas a Rui e sua Casa Civil inclusive pelo fato de mandar um PL inconstitucional sobre a Defensoria Pública barrado pelo TJ. Segundo o deputado Adolfo Viana (PSDB) a "Casa Civil não pode expor a base do governo ao ridiculo com um projeto dessa natureza", finalizou.