Discussão antiga, recorrente e que não sai dos debates
Vander Prata , da redação em Salvador |
16/12/2015 às 09:57
Davidson Magalhães no debate sobre o centro histórico
Foto: DIV
“O nosso Centro Histórico não é só paisagem, são as pessoas que lhe dão vida. Portanto, são nas pessoas que primeiro devemos pensar para que este processo de requalificação cumpra sua função social”. Com estas palavras, o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB-Ba) resumiu o pensamento do auditório lotado do Sindicato dos Bancários da Bahia, na noite de segunda-feira (15/12), para discutir o Projeto de Requalificação do Centro Santigo de Salvador e a Manutenção das Famílias Residentes no Centro Histórico.
A audiência pública foi organizada pelo deputado Davidson Magalhães, em parceria com o MDMT e FABS. Todos desejam participar dos debates sociais e econômicos que a requalificação que será empreendida pelo governo estadual e federal certamente provocará na área. Será formada uma Comissão dos Moradores e o deputado Davidson Magalhães promoverá audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar da requalificação do Centro Histórico de Salvador.
Davidson Magalhães salientou que os moradores devem ter sua permanência garantida mas também ter oportunidades de geração de emprego e renda familiar: “ É preciso olhar com cuidado os jovens em situação de vulnerabilidade social. A requalificação, além de sua permanência, deve implementar programas de integração social e dar-lhes perspectivas de futuro e oportunidade de educação e emprego”.
Para João Pereira (Conam) a grande preocupação “é que as requalificações que já ocorreram no passado tinham como consequência a exclusão dos moradores originais, residem muitas delas há décadas e dão identidade ao local, a mulher que faz a trança, aqueles que praticam a capoeira, artes plásticas”.
Estavam presentes na audiência pública o vereador Everaldo Augusto, João Pereira (CONAM- Confederação Nacional das Associações de Moradores), Ivonete Bispo (FABS), Mauricio Mathias, Diretor do Centro Antigo de Salvador (DICAS), Tania barros, da Conder; Tikão (MDMT), Daniel Colina e Henrique Barreiros- arquitetos (Conselheiro do Conselho Estadual das Cidades) e José, Conselho da Vila Nova Esperança (Rocinha).