Política

CMS DEBATE situação dos bombeiros, assisência à Aids e home care

Audiências públicas aconteceram nestas quinta e sexta-feira
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 11/12/2015 às 19:42
Audiência sobre a assistência a pacientes com Aids
Foto: Reginaldo Ipê

Projeto de lei que regulamenta atuação de Bombeiros Civis, a assistência aos pacientes com Aids e situação dos técnicos de enfermagem cooperativados em Salvador foram temas de audiências públicas realizadas nestas quinta, 10, e sexta-feira, 11, pela Câmara de Salvador.

A proposta que obriga os estabelecimentos privados a contratarem bombeiros civis e manterem uma unidade de combate a incêndios e primeiro socorros foi apresentada pelo vereador Leo Prates (DEM), autor também do debate nesta sexta, 11. Ele defendeu sua ideia: “Me deixa feliz debater sobre esse assunto, pois os bombeiros são de extrema importância para a sociedade. Eles podem evitar muitos acidentes e passam segurança para as pessoas”.

Participaram ainda da mesa de trabalho o professor e bombeiro Francisco Borges; o presidente da Associação Baiana dos Bombeiros Profissionais Civis, Marcos Santos; o representante da Escola de Bombeiros Preamar, Derivaldo Evaristo; os integrantes das escolas Sólida e Santa Bárbara Fire, Uedison Vieira e Jorge Dias, respectivamente; o representante da Empresa 911, Glauber Moraes; e o bombeiro Gleidson Santos.

AIDS avança

Já a discussão sobre o tratamento de portadores do HIV foi uma iniciativa de Aladilce Souza (PCdoB), também nesta sexta. A comunista, que é enfermeira, alertou para o crescente número de casos de infecção com o vírus, principalmente entre os jovens. Para combater o aumento do número de casos na capital baiana ela sugere maior estruturação da rede de atendimento aos pacientes infectados.

“Existe uma dificuldade de acesso a serviços. Temos democratizado o teste, mas no momento da continuidade do tratamento, há um estrangulamento. Precisamos construir políticas de estado, que, mesmo com as mudanças de governantes, as políticas permaneçam. Devemos melhorar a articulação e trabalhar em rede para buscar construir caminhos fortes para enfrentar o crescimento da AIDS”, argumentou.

A Secretaria Municipal da Saúde apresentou dados sobre os casos de AIDS na Bahia. A técnica de Atenção Especializada, Rosana Souza, relatou que a maior incidência de casos é entre homens de 20 a 39 anos e apontou ações que a Prefeitura de Salvador tem realizado para conter o avanço da doença.

Para a diretora do Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), Miralba Freire, um dos principais desafios é ‘zerar’ o número de transmissões de mães grávidas para os bebês: “A nossa meta é acabar completamente com a transmissão vertical das gestantes e ainda não conseguimos. Precisamos, também, aumentar os diagnósticos e dar início imediato ao tratamento para aumentar a sobrevida dos pacientes infectados. Todas as esferas de poder precisam estar unidas nesta luta. Só assim o resultado aparecerá”.

Direitos trabalhistas

Na quinta-feira Vado Malassombrado (DEM) promoveu um debate sobre a situação dos técnicos e técnicas de enfermagem cooperativados de Salvador. A categoria reivindica melhorias referentes a direitos trabalhistas para os profissionais que atuam no sistema Home Care (atendimento domiciliar).

Dentre as queixas destacam-se insegurança, assédio moral, alterações do piso salarial - que retardaram para abril de 2016 o acréscimo de 8,38% previsto para este mês de dezembro, além da falta de respeito à profissão e à participação nos lucros das cooperativas.

Conforme o democrata o setor precisa de atenção do Poder Público: “É uma categoria que enfrenta insatisfação com salários e o próprio sistema de trabalho. Estas pessoas que cuidam de vidas precisam de atenção dos poderes públicos”.

Para uma das representantes da Associação dos Técnicos de Enfermagem Cooperativados, Ângela Oliveira, a participação regular junto às cooperativas deveria garantir direitos aos profissionais. “Exigimos trabalho digno e com segurança. Sustentamos as cooperativas e merecemos respeito”, cobrou.