Política

WALDIR PIRES classifica de "chantagem aberta" decisão de Eduardo Cunha

Para o ex-governador o governo e a presidente não podem ficar expostos a pressões desse nível
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 04/12/2015 às 19:39
Waldir Pires: "Eu estou perplexo, e o país também"
Foto: LB

O ex-governador e vereador Waldir Pires (PT) chamou de chantagem o acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Ele divulgou nota com o seguinte teor:

“Lamentavelmente, estamos assistindo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, exercer uma aberta chantagem, que o país não pode admitir. Eu estou perplexo, e o país também. O governo e o cargo de presidente da República não podem ficar expostos a pressões desse nível. Não se pode por em risco, dessa forma, com chantagem, a dignidade de uma eleição presidencial. O presidente da República é o representante maior do povo brasileiro”.

Homenagens

O legislador teve aprovada a concessão de três títulos de Cidadão Soteropolitano nas últimas votações de projetos na CMS. Serão homenageados a desembargadora Sara Brito, nascida em Itapicuru, o advogado José Maurício Vasconcelos Coqueiro, de Brumado, e a missionária italiana Ernesta Cornacchia, mais conhecida como Irmã Ernestina.

A jurista aposentou-se do Tribunal de Justiça da Bahia em abril deste ano. Ela foi ativa militante no movimento estudantil baiano em resistência ao regime militar instalado em abril de 1964, tendo sido expulsa da Faculdade de Direito da UFBA no final dos anos 60, por força do Ato Institucional nº5.

Segundo Waldir, Sara Brito sempre foi um exemplo de dedicação e decência em sua carreira de julgadora, sendo reconhecida no meio jurídico baiano como uma magistrada cuidadosa, atenta, reservada, cautelosa, ética e absolutamente imparcial.

Mauricio é advogado militante, professor de Direito Penal e co-autor do livro “Novos Desafios do Direito Penal no Terceiro Milênio.” Entre muitas outras funções, inclusive na Ordem dos Advogados do Brasil, foi juiz-substituto do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia e membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, atuando sempre de forma ética, imparcial, corajosa e independente. Proferiu dezenas de palestras por todo o Brasil, sendo, atualmente, “uma das personalidades mais relevantes da vida jurídica, em Salvador”, diz o edil petista.

Enfermeira sanitarista, Ernestina intermediou doações da diocese de sua cidade natal (Mantova), com as quais conseguiu construir no Bairro da Paz equipamentos comunitários como o Centro Comunitário Avançar, o Centro de Formação Santa Helena, o Conselho de Moradores, a Casa Paroquial, a Rádio Comunitária, a Igreja Matriz e o Centro Cultural Chico Mendes.

Graças à sua atuação foi possível realizar centenas de ações, projetos e programas de natureza profissionalizante, cultural e educacional, até hoje existentes no Bairro da Paz e na Chapada do Rio Vermelho. Essas atividades já beneficiaram diretamente mais de 20 mil pessoas, principalmente crianças e adolescentes de baixa renda.