Os vereadores petistas Vânia Galvão e Gilmar Santiago criticaram o prefeito ACM Neto nesta segunda-feira, 23. A líder do partido na Câmara de Salvador e presidente da Comissão de Reparação da CMS cobrou a presença da Guarda Municipal na Escola Municipal Francisco Leite, localizada no bairro de Águas Claras, onde um estudante de 12 anos foi agredido por outros quatro adolescentes.
Segundo ela é “inadmissível que o prefeito feche os olhos para esta questão. Ele vai à mídia exigir ação do governo, que está atuando intensamente, mas não oferece infraestrutura mínima dentro das escolas. Os estudantes estão sendo agredidos onde deveriam estar protegidos”.
Conforme o presidente da Central das Creches, Clériston Silva, o fato ocorreu há cerca de duas semanas. Três dos agressores estão matriculados da unidade e o quarto entrou facilmente. “O prefeito tentou abafar o caso, mas pais dos alunos nos procuraram para denunciar. A escola só conta com um vigia, o muro é baixo e ainda tem um buraco, por onde passam adolescentes ligados a facções criminosas e cometem delitos lá dentro da escola, como neste caso”, denunciou.
De acordo com Clériston não há um guarda municipal na escola, “que deveria zelar pelo patrimônio público”. A Polícia Militar faz as operações de rotina diariamente no entorno da unidade, mas os pais estão em pânico e pedem providencia urgente.
Clériston diz que a escola tem cerca de 10 mil metros quadrados e atende aproximadamente a 300 crianças do ensino fundamental I e II. “Já não contamos com creches, e agora não estamos tranquilos com nossas crianças na rede municipal, por isso pedimos a intervenção de Vânia Galvão para cobrar que a prefeitura cumpra seu papel. Será que o governador vai ter que intervir na área de atuação do município? Será que terá que colocar policiais dentro das escolas municipais, porque o prefeito ACM Neto não consegue manter a ordem nas unidades?” questiona.
Festa sem sentido
Gilmar criticou a forma midiática na atuação do município. Ele observa que enquanto Rui Costa vem investindo maciçamente em importantes obras de infraestrutura, Neto gasta recursos públicos para “inaugurar” um pequeno trecho da Orla. “O prefeito poderia, com todo direito, completar todo o trabalho na Orla e então fazer uma grande festa. Mas festejar aos pedaços é jogar recursos fora somente para aparecer na mídia como empreendedor. O povo não é besta”, afirmou.
Em um comparativo entre as notícias do final de semana sobre ações dos governos municipal e estadual, o edil observa as prioridades de cada gestão: “Sem festa o governador anuncia mais uma ação de infraestrutura na cidade, que vai beneficiar principalmente moradores de regiões economicamente mais pobres”.
O petista se refere à assinatura, por Rui, da ordem de serviço, nesta segunda-feira, dia 23, para as obras de urbanização no entorno do Hospital Roberto Santos, em Narandiba. “Neto gastou R$ 8 milhões para reformar um pouco a mais de um quilometro do passeio na orla; Rui está investindo R$ 6,45 milhões na implantação de uma via que vai ampliar o acesso ao hospital, na duplicação da Rua 25 de Maio, na reestruturação da via interna do hospital, além da construção de área de lazer com quadra poliesportiva, parque infantil e equipamentos de ginástica, estacionamento, quiosques e mesas de jogos”, compara.
Gilmar ressalta ainda que fazem parte do conjunto das obras, anunciadas pelo governador, intervenções de paisagismo, implantação de uma base comunitária de segurança e a sede da associação dos moradores: “Há uma diferença clara entre as prioridades das gestões, e o governador poderia proporcionar mais a Salvador, se o prefeito e seus correligionários não tentassem o tempo todo atrapalhar o andamento das ações, como querem inviabilizar as obras da Linha 2 do metrô, e ficam disseminando medo e terror, em vez de colaborarem com projetos sociais para a promoção da segurança”.
Conforme o legislador “o município precisa estar alinhado ao governo do Estado para que a população possa ganhar mais, e não ficar medindo forças, em uma demonstração de insegurança e medo político da capacidade administrativa e de compreensão das urgências da cidade que toda a Bahia já reconheceu em Rui Costa, em menos de um ano”.