Política

AUDIÊNCIA pede mais verbas para projetos ligados às mulheres em SSA

Debate discutiu avanças e desafios da luta feminista na capital baiana
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 19/11/2015 às 18:33
Debate aconteceu no auditório do Ed. Bahia Center
Foto: Reginaldo Ipê

Mais verbas para a Superintendência de Políticas para Mulheres (SPM) em Salvador foi o principal pedido feito por representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos das mulheres durante audiência pública, na manhã desta quinta-feira, 19, que discutiu avanços e desafios da bandeira feminista na capital baiana. O debate ocorreu no Edifício Bahia Center, anexo da Câmara Municipal de Salvador e foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara, presidida pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB).

A comunista destacou as conquistas alcançadas pelas mulheres, o combate ao machismo e à violência doméstica e ressaltou a importância de uma aproximação cada vez maior entre o colegiado do Legislativo e o Conselho Municipal das Mulheres.

Ela ressaltou ter participado “de importantes eventos que fortaleceram a luta pela causa feminista, que estreitaram os laços entre a Comissão de Defesa das Mulheres e o Conselho Municipal. Acredito que essa interação é essencial para conseguirmos mais avanços em nossas batalhas”.

Mais recursos para a SPM, afirmou, “é uma das nossas principais lutas. Queremos contribuir com a SPM nesse desafio tão grande. Aumentar o orçamento para a elaboração de políticas para as mulheres em Salvador é fundamental. Boas ideias aparecerem, projetos louváveis, mas que, infelizmente, esbarram na falta de estrutura e de recursos. Essas ideias causam uma frustração ainda maior porque não são realizadas por falta de investimentos em uma pasta tão importante”.

A presidente do Conselho Municipal das Mulheres, Madalena Noronha, fez uma apresentação sobre o histórico de luta do conselho, avanços conquistados e metas a serem alcançadas: “Nossas causas partem de um contexto de profundas desigualdades sociais, culturais, econômicas, que impossibilitam que todas as mulheres sejam alcançadas. Lutamos diariamente para combater o machismo e por uma sociedade mais igualitária”.

Representante da SPM Maria Auxiliadora Alves também alertou para as dificuldades sociais e lamentou o orçamento destinado à SPM na cidade: “A dotação orçamentária da superintendência é insignificante. Dói bastante projetarmos as ações e elas não se concretizarem por falta de recursos e de estrutura. Estamos na luta para que tenhamos um orçamento maior para a SPM em 2016 e para que, consequentemente, consigamos avançar nas políticas de enfrentamento ao sexismo”.