Oposição tem amplo programa de visitas em Conquista
Samuelita Santana , Salvador |
04/11/2015 às 19:26
Bancada da Oposição vai unida a Conquista
Foto: DIV
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia desembarca nesta quinta-feira, 5, em Vitória da Conquista, para cumprir mais uma agenda de fiscalização das obras paradas do Estado, prometidas desde a gestão de Jaques Wagner e que não avançaram no governo de continuidade de Rui Costa. O objetivo do périplo que seguirá um roteiro traçado pelo deputado da região e anfitrião da visita, Herzem Gusmão (PMDB), é checar in loco o andamento dessas obras, denunciar o abandono, o descaso com os recursos públicos e pedir providências ao Ministério Público.
A Agenda estabelecida pela oposição foi iniciada no mês de agosto nos municípios de Ilhéus e Itabuna, onde os deputados constataram um cenário de desolação e abandono nos canteiros onde as obras deveriam estar sendo executadas, a maioria reconhecidamente essencial para a população local, a exemplo da ponte Ilhéus-Pontal, da reforma do Hospital Luiz Viana Filho e da barragem do Rio Colônia.
Para a visita de fiscalização em Vitória da Conquista, 12 dos parlamentares que congregam a bancada oposicionista já confirmaram presença, incluindo o líder do bloco, deputado Sandro Régis (DEM). "Temos a obrigação de cumprir o papel para o qual fomos eleitos, que é o de acompanhar, fiscalizar e cobrar as ações do Executivo em benefício da sociedade", observou Régis, frisando que a paralisação de obras importantes nos diversos municípios vem gerando o sentimento de revolta entre a população e a clareza de que tratavam-se de promessas puramente eleitoreiras, anunciadas e propagadas amplamente ainda no governo Wagner e durante a campanha eleitoral do atual governador Rui Costa.
"O povo baiano não aceita ser iludido e agora quer a efetivação dessas promessas", reforçou o deputado Herzem Gusmão, político reconhecido no município e de grande influência na região. Segundo informou, entre as obras a serem checadas estão a ampliação e melhorias do Hospital Geral de Conquista, a construção da UPA do Hospital de Base e o novo presídio do município, cujas instalações com capacidade para acolher cerca de 800 detentos encontram-se ociosas pela absoluta ausência de licitação para a contratação da empresa que administrará o complexo. Além do roteiro de fiscalização os parlamentares cumprirão agenda de entrevistas nos veículos locais, começando com uma coletiva na chegada ao aeroporto de Conquista.
VEJA AS OBRAS PARALISADAS EM VITÓRIA DA CONQUISTA
Novo Aeroporto
Com campanhas iniciadas desde março de 2009, a ordem de serviço para a construção foi
assinada em fevereiro de 2013, com previsão de conclusão em 2015. Consta que a pista de pouso e taxiamento das aeronaves
estão prontas, contudo a obra do terminal de passageiros não tem
previsão de conclusão, alegando-se falta de verba. Não há projeto nem licitação.
. Hospital de Base e UPA do
Hospital de Base
Em junho de 2012 o secretário de
Saúde da Bahia, Jorge Solla, anunciou melhorias para o Hospital
Geral de Vitória de Conquista e a construção de uma UPA. Promessas que não
avançaram.
UPA da Patagônia
A UPA do Patagônia, que
disponibilizaria até 12 leitos de observação e atenderia até 300
pacientes por dia, deveria ser inaugurada no mês de fevereiro de
2010. R$2 milhões investidos segundo a imprensa local. Consta no site do Ministério da Saúde a liberação dos recursos.
UPA do Bruno Bacelar
A UPA do bairro Senhorinha Cairo
foi prometida para janeiro de 2014 e, assim como a do
Patagônia, teria a mesma quantidade de leitos e atendimentos diários,
mas não saiu do papel.
BahiaFarma
Obra do laboratório oficial de medicamentos, com previsão de entrar em operação em 2012 e gerar 200 empregos. Anunciada em junho de 2011 pelo Ministério da Saúde, num evento do governo do estado, em Salvador. Mas na área onde o laboratório seria construído não há trabalhadores e o local se encontra tomado pelo matagal.
Presidio
A obra do novo presídio de Vitória da Conquista foi orçada inicialmente
em R$16 milhões. Entretanto, o valor do investimento saltou para R$ 33 milhões. As instalações com capacidade para cerca de 800 detentos estão prontas, mas ociosas. Não há previsão de inauguração porque a licitação para escolha da empresa que irá administrar o
novo presídio não foi efetivada.
. Centro de Cultura
O Centro de Cultura foi,
interditado pelo Ministério Público do Estado em setembro de 2013
por problemas referentes à acessibilidade e combate a incêndio. Foram empregados R$ 320 mil em uma pequena reforma na parte
elétrica mas não foi suficiente para a reabertura do
equipamento.