Serrinha nunca elegeu uma terceira via para prefeito do município
Tasso Franco , da redação em Salvador |
26/10/2015 às 16:29
Deputado Gika Lopes (PT) admite ser candidato
Foto: BJÁ
Ainda não foi dada a largada oficial nas pré-candidaturas a prefeito de Serrinha, sucessão de Osni Cardoso (PT), o qual completa 8 anos de mandato em 2016 e não pode mais candidatar-se. Dois nomes, no entanto, aparecem nas pesquisas preliminares como os preferênciais da população: o deputado estadual Gika Lopes (PT) e o médico Adriano Lima (DEM). Há outros nomes apontados como possíveis pré-candidatos - Edilene Ferreira, presidente da Câmara (PV); Batista da Sorveteria (PRB) e Berg da Aragon (PSC) mas sem expressividades eleitorais.
Em conversa com o Bahia Já na Assembleia Legislativa nesta tarde de segunda-feira, 26, o deputado Gika diz que não será candidato de sí mesmo, mas, desde que haja vontade do seu partido (PT) e a construção de uma aliança partidária em torno do seu nome, admite topar a candidatura. "Ainda é cedo para se falar nisso - diz Gika - e por enquanto só estou andando pelos povoados, pela zona rural, acompanhando o prefeito Osni em alguns eventos".
Isso significa dizer que Gika começou a fazer política visando a eleição majoritária de 2016. Ele nega e não fala sobre possíveis competidores dentro do seu próprio partido. Em estudos que o BJÁ teve conhecimento, Gika - até porque foi candidato a deputado estadual e obteve na última eleição 13.800 no municípios - é o nome mais forte do PT e o prefeito Osni, bom conhecedor da politica, sabe disso. Daí que está levando Gika para novo teste preliminar na zona rural.
No mais, em Serrinha, como na maioria dos municípios baianos, uma candidatura majoritária só prospera com alianças politicas e, hoje, o prefeito Osni comanda essa alliança com o PSD, PP, PV, PSB, pelo menos a nível da Câmara Municipal. Se conseguir reunir em torno de Gika os grupos de Plínio Carneiro/Wardinho (PSD) e Claudionor Ferreira da Silva - Ferreirinha/Edilene (PV/PR) tem boa chance de fazer o sucessor. Aliás, diga-se de passagem, foi com essa aliança que conseguiu reeleger-se.
Imaginar que Edilene possa lançar uma candidatura própria com o apoio do ex-prefeito Ferreirinha parece improvável, uma vez que, sendo Osni o prefeito (PT), o preferencial é que apoie um nome do seu partido. Imaginar, também, que Ferreirinha possa se lançar novamente (já foi prefeito em duas oportunidades) candidato seria uma hipótese, também pouco provável, porque não agregaria em torno de sí uma aliança mais ampla.
O ex-deputado Plínio Carneiro completou recentemente 80 anos de idade e não tem nome forte para lançar. Wardinho, empresário, não se arriscaria a tal tarefa. Resta, portanto, ao PT e ao prefeito Osni, lançar Gika, o qual é o melhor nome que tem do ponto de vista popular, de densidade eleitoral.
O OUTRO LADO
Do outro lado estará, certamente, o candidato do DEM, Adriano Lima, o qual se candidatou a deputado estadual nas últimas eleições, não elegeu-se, mas obteve 10 mil votos em Serrinha. É forte, na largada. Filho do ex-prefeito ZéValdo necessita, no entanto, de alianças.
Com quem poderá compor? Ainda não está claro esse caminho porque é cedo. Terá, necessariamente, de apostar em possiveis dissidências na aliança do prefeito, se houverem.
Às vezes, isso acontece, especialmente diante da escolha do (a) candidato (a) vice. Sempre fica um grupo de muxoxo. Osni é habilidoso e pode não dar essa chance a Adriano.
Os demais candidatos compõem o cenário e não têm densidade eleitoral. A eleição de Serrinha sempre foi polarizada e nunca houve uma terceira via com chances de êxito. Há pouco tempo, Lulu do Gás, ensaiou esse caminho, mas desistiu. (TF)