Política

CÂMARA de Salvador debate o futuro sustentável da capital baiana

Encontro contou com a presença do coordenador do Projeto Recife 500 anos
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 20/10/2015 às 19:11
O evento foi realizado no Centro de Cultura da CMS
Foto: Reginaldo Ipê

“O futuro é colaborativo e compartilhado” foi o tema do 6º debate do Projeto Salvador Sustentável, realizado na manhã desta terça-feira, 20, no Centro de Cultura da Câmara Municipal. Em discussão o desenvolvimento das cidades, da economia local e perspectivas para o futuro.

O projeto, idealizado pelo presidente Paulo Câmara (PSDB), contou com a palestra do diretor executivo da Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aires), Guilherme Cavalcanti, coordenador do Projeto Recife 500 anos.

Segundo o tucano a sensação no encerramento do projeto é de dever cumprido: “A nossa proposta desde o início foi inserir o debate na cidade. As pessoas falavam em uma cidade sustentável, mais justa, em políticas públicas que passavam por sustentabilidade, mas com poucos debates concretos. Acho que foi um desafio que essa nova Câmara enfrentou, colocamos o assunto em pauta e a cidade nessa rota de discussão. Salvador é uma cidade que nos engrandece por seu passado, mas que são ações concretas do presente que vão decidir nosso futuro”.

A longo prazo

Para Guilherme Cavalcanti, Salvador é a cidade mais resiliente do Nordeste e com economia forte e espaço para crescer, tem a promessa de um futuro promissor: “Antes de tudo existe a cultura de pensar a cidade no longo prazo, que é por definição algo sustentável. Quando você tira o olhar do curto prazo você tem a possibilidade de fazer da maneira correta”. Ele destacou ainda a iniciativa de Paulo em propor os debates.

“A gente tem a mania no Brasil de olhar para a política com foco no Executivo quando, o que sustenta a longo prazo são as Câmaras e Assembleias Legislativas, onde construímos as nossas leis. Então é fundamental que uma liderança no legislativo proponha esse debate. O prefeito tem a função fundamental de lançar bases para o futuro, mas quem assegura esse futuro são os vereadores”, destacou.

Responsável pelo Salvador 500, que engloba o Plano Diretor Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos), o secretário de Urbanismo de Salvador, Sílvio Pinheiro, disse as discussões foram muito oportunas quando a cidade discute seu planejamento urbano a longo prazo: “Isso demonstra o compromisso da Câmara com temas da cidade, sinalizando que está preparada para debatê-los, assumindo seu pragmatismo e seu protagonismo. É mais uma oportunidade do cidadão comum de Salvador debater assuntos que afetam sua vida”.

O presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da CMS, Arnando Lessa (PT), elogiou a iniciativa e sugeriu reunir todas as cinco edições do projeto em um livro: “A cidade precisa começar a botar na prática a sustentabilidade. Vamos iniciar os debates do PDDU e Louos na Câmara e pessoas como Guilherme Cavalcanti vão contribuir muito com sua experiência”.

Também participaram do evento os edis Orlando Palhinha (DEM), Kátia Alves (DEM), Sílvio Humberto (PSB), Leo Prates (DEM) e Geraldo Júnior (SD); o subsecretário da Secretaria da Cidade Sustentável, José Augusto Saraiva; e o comandante da Companhia de Polícia Ambiental, Major Nathan Rocha, representando o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Anselmo Brandão.