Política

ARNANDO LESSA chama Limpurb de cabide de empregos e pede sua extinção

Segundo o edil a coleta de lixo da cidade não se modernizou e continua sendo feita de forma precária
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 14/10/2015 às 19:40
Lessa: a Limpurb tem que ser extinta
Foto: LB

“A Limpurb tem que ser extinta, ou liquidada, porque atualmente é um cabide de empregos. Cheia de diretores ganhando altos salários, sem funcionários, não faz concurso, não tem fiscalização e os que tem são funcionários terceirizados”. A declaração é do vereador Arnando Lessa (PT), presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara de Salvador.

Segundo ele, além do aterro sanitário da capital estar com 75% de sua capacidade esgotada, a coleta de lixo na cidade é feita de forma precária: “Vivemos em Salvador uma limpeza pré-histórica. Se faz coleta hoje igual a quando o avô do prefeito era prefeito. Do mesmo jeito, com caminhões e caçambas que onde param, compactam lixo, jogam chorume, sujando e causando mau-cheiro nas ruas e nas casas, fazem barulho tarde da noite, afetando crianças e idosos. O aterro chegando ao seu final, e nenhuma perspectiva ou sinalização de novas ações”.

Para ele os problemas são decorrentes da falta de discussão de uma política de concessão e do desinteresse dos órgãos responsáveis, como Semop e Limpurb, em modernizar a limpeza urbana. “Aliás, quero perguntar ao presidente da Limpurb quantos funcionários tem a empresa, efetivos e terceirizados? Isso é um absurdo e o Ministério Público precisa tomar conhecimento disso”, declarou.

Ex-secretário municipal de Serviços Públicos, entre os anos de 2005 a 2007, Lessa lembra que a sede da Revita, localizada na ligação entre o Largo do Retiro e o IAPI, se tornou hoje um grande transtorno para a comunidade, com caminhões e compactadores cheios de lixo que geram mau cheiro, infestação de ratos e baratas, além de riscos para a saúde dos moradores. “Onde está a fiscalização da Limpurb e da Sucom? O Conselho Fiscal da empresa só serve para aumentar os salários dos secretários. A disposição indevida do lixo, de resíduos sólidos, é um risco de dano ambiental e à saúde pública”, destacou.