Política

ARNANDO LESSA acusa ACM Neto de descontrole no uso do dinheiro público

O petista defende a realização de auditorias internas nas secretarias
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 29/09/2015 às 19:56
Lessa pede explicações a ACM Neto
Foto: LB

O vereador Arnando Lessa (PT) acusou o prefeito ACM Neto (DEM) de descontrole em relação ao uso do dinheiro público na Prefeitura de Salvador. A declaração foi feita após o surgimento de mais uma denúncia de desvio de verba na administração municipal. Para o petista é importante a realização de auditorias internas para comprovar que as práticas não são corriqueiras e não continuarão a ocorrer dentro dos órgãos municipais.

“São fatos lamentáveis que demonstram a falta de controle da gestão do prefeito para com os seus segmentos que manipulam recursos públicos”, afirmou o oposicionista. Somente em setembro vieram à tona três escândalos. O último, divulgado nessa terça-feira, 29, envolve uma funcionária da Secretaria Municipal de Saúde acusada de desviar R$ 5 milhões de folhas de pagamentos do órgão

“A checagem dessas folhas de pagamento era feita por quem? Quais os imediatos que autorizavam, detectavam e pagavam?”, questionou Lessa. “Primeiro o secretário Paupério, depois o gestor do Fundo Municipal de Assistência Social que desviou R$ 100 mil de bolsa auxílio para desabrigados com as chuvas. E agora uma funcionária municipal de saúde. Como gestor público, Neto precisa explicar o que tem ocorrido à casa legislativa”.

Na opinião do legislador o caso de Paupério é um dos mais graves: “Soube que ele vai sair. Mas a saída dele não resolve o problema. Ele precisa responder por todos os atos, seja como gestor, com a licitação do mobiliário escolar, seja como executivo privado que manipulou licitações de recursos públicos na Secretaria de Educação entre 2009 e 2012”.

Sobre a situação do ex-gestor do Fundo, ligado à Secretaria Municipal de Combate à Pobreza, o vereador disse que o secretário Bruno Reis, assim como os antigos titulares, precisam dar esclarecimentos sobre os critérios de escolha para assumir tal posto de extrema importância por gerir recursos destinados à pessoas carentes.

O petista denunciou na CMS, por diversas vezes, que desabrigados não estavam recebendo o bolsa auxílio: “Alguém que escolhe outra pessoa para administrar recursos tem que ter critérios para essas escolhas. Eram recursos do povo desabrigado das chuvas, o povo que sofreu com a queda de encostas. Foi um fato isolado? Ao demitir esse servidor acabou o problema? Será que não existem outros órgãos contaminados?”.