Política

GILMAR SANTIAGO desafia ACM Neto a divulgar suas 50 obras de encostas

Para o petista o prefeito continua priorizando os bairros nobres e esquecendo as áreas carentes da cidade
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 31/08/2015 às 19:27
Gilmar: onde estão as obras das encostas?
Foto: LB

O vereador Gilmar Santiago (PT) quer saber onde estão as 50 obras de contenção de encostas anunciadas pelo prefeito ACM Neto (DEM), que ele fará questão de visitar: “Os cidadãos e cidadãs, principalmente quem mora nas áreas com riscos de deslizamentos, precisam tornar conhecimento de onde estão essas obras. Então, seria interessante se o prefeito enumerasse, um por um, os locais das ações. Será uma prova de transparência administrativa”.

Para o petista quem está fazendo mesmo esse tipo de intervenção é o governador Rui Costa (ao todo 98). “Isso é muito diferente das 50 que alguém diz que está fazendo e eu perguntei onde estão? Como o vereador (Arnando) Lessa perguntou onde estão os R$ 80 milhões e na semana passada, envergonhados, eles disseram que são R$ 17 milhões”, provocou.

Segundo Gilmar o governo estadual faz grandes obras estruturantes de mobilidade em Salvador, como o Metrô e o VLT, que vai acontecer, mas tem, também, as obras que salvam vidas, que são as encostas. “Estou contando os dias para o início da etapa quatro, porque tem uma encosta no Bom Juá, um lugar onde toda vez que chove morre gente. Dessa última foram seis mortes. Não tenho dúvida que o governador Rui Costa vai dar a ordem de serviço, dessa vez também, muito mais rápido que a prefeitura”, previu.

Ainda de acordo com o oposicionista o alcaide prioriza mesmo os bairros da orla: “Quem tem quase R$ 72 milhões para uma obra no Rio Vermelho e R$ 57 milhões para a Barra, como não tem para obras de encostas?”.

Em sua opinião essa discrepância entre os valores anunciados só confirma as denúncias que tem feito sobre a prioridade aos bairros de classe média alta pela atual administração, “como forma de agradar aos moradores e ao mercado imobiliário, enquanto os bairros populares são relegados a último plano”.