Política

CPI PETROBRAS convoca Dirceu e Imbassahy diz que expectativa é grande

Dirceu e diretores da Odebrecht
EF , Salvador | 27/08/2015 às 16:21
José Dirceu vai depor na CPI da Petrobras
Foto: Ag Brasil
  A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (27) a convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado pelo empresário Milton Pascowitch de receber propina das empresas Hope e Apolo contratadas pela Petrobras. O colegiado ainda decidiu convocar o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, para explicarem irregularidades na estatal.

Zelada, que sucedeu Nestor Cerveró, no cargo entre 2008 e 2012, foi citado como um dos beneficiários do esquema de corrupção pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça Federal em Curitiba. As convocações aprovadas hoje são necessárias para que os deputados possam ouvir, na próxima semana, os depoimentos de 16 presos pela Operação Lava Jato na capital paranaense.

   O deputado Antonio Imbassahy diu que “É grande a nossa expectativa quanto ao depoimento do ex-ministro, uma vez que ele, segundo as apurações, teve participação ativa em todo esse processo de corrupção, mesmo já estando condenado no processo do mensalão, que também coordenou”.  

A comissão está reunida nesta quinta-feira para ouvir quatro executivos de empresas prestadoras de serviço à Petrobras. Presos pela Polícia Federal na 9ª fase da Operação Lava Jato, acusados de pagar propina a funcionários da BR Distribuidora em troca de informações privilegiadas, os executivos da Arxo Industrial - João Gualberto Pereira, Gilson Pereira e Sérgio Maçaneiro – usaram o direito de ficarem calados garantido por habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).  Eles se recusaram a responder perguntas.

Nesta quinta-feria, a CPI ouve a presidenta da SAP Brasil, Cristina Palmaka, convocada para explicar negócios fechados com a estatal brasileira, entre 2006 e 2010, para a venda de softwares, serviços e produtos de informática para a petrolífera.