Política

VEREADORES de SSA querem reinício dos trabalhos no Estaleiro Paraguaçu

Segundo o presidente da Amut as empresas pouco fazem para diminuir o número de roubos
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 11/08/2015 às 21:25
Silvio Humberto é o autor da moção
Foto: LB

Uma moção de apoio para a retomada dos trabalhos no Estaleiro Paraguaçu, em Maragogipe, foi aprovada pela Câmara de Salvador, por iniciativa do vereador Silvio Humberto (PSB). O empreendimento está parado desde o início da operação Lava-Jato envolvendo dirigentes da Petrobras e de três das sócias do Estaleiro – Odebrecht, OAS e UTC.

Na opinião do socialista a retomada das atividades é importante e pode garantir o aquecimento da economia no estado: “A população está envolvida direta e indiretamente com o estaleiro, trabalhadores fizeram seus investimentos pessoais em formação, além de micros e pequenos empresários que não podem ser prejudicados por esta parada abrupta do Estaleiro”.

Segundo a assessoria de comunicação da Enseada o empreendimento contratou da capital baiana, entre janeiro de 2014 e abril de 2015, cerca de R$ 300 milhões em serviços de hospedagem, alimentação e fardamento, além da aquisição de milhares de peças e equipamentos.

Assaltos a ônibus

Também na CMS o presidente da Associação Municipal e Metropolitana dos Usuários de Transporte (Amut), Jorge Carvalho, ocupou a Tribuna Popular nessa segunda-feira, 10, para denunciar que as empresas de transporte coletivo da cidade escondem o aumento de assaltos a ônibus, sendo as mais afetadas as avenidas Bonocô, Paralela e Suburbana.

Segundo Jorge as empresas, “que há mais de 60 anos dominam o setor”, devem ser também responsáveis por ações para reduzir a violência. De acordo com as estatísticas em 2015 já foram registrados mais de 700 assaltos a ônibus na capital. “E diante deste quadro, o que está sendo feito pelos poderes públicos e pelos empresários?”, questionou, argumentando que a falta de medidas para inibir os assaltos só estimulam os bandidos, criando um sentimento de impunidade.

Ainda conforme o presidente da Amut apenas 20% das imagens das câmeras de segurança dos coletivos chegam à delegacia especializada, e mesmo assim com baixa qualidade. “Deveria ser apresentado um projeto para regulamentar a restituição das perdas dos usuários, porque não é justo um pai de família trabalhar a vida toda pra ter o celular, o relógio, dinheiro e outros pertences roubados no ônibus”, sugeriu.

Ele questionou, também, o que foi feito com “os milhões arrecadados com a cobrança de R$36 por SalvadorCard dos estudantes, que deveria ser gratuito?”. E cobrou a promessa de campanha do prefeito ACM Neto de que os ônibus de Salvador seriam equipados com ar condicionado.

“Quem tem concessão de serviço público tem que revelar quanto ganha e investir na qualidade do serviço prestado. A Bahia tem a mais cara tarifa de transporte coletivo da região Nordeste e os movimentos populares não têm o direito de participar do processo de definição dos valores”, protestou o presidente da Amut.

O vereador Antônio Mário (PSB) se solidarizou com Jorge Carvalho pelo tema levado à Tribuna Popular, frisando que o sistema de transporte público de Salvador não atende aos anseios da população. “Temos que nos debruçar sobre o problema, porque não devemos legislar para empresários e sim para os usuários”, defendeu.