Para o vereador Gilmar Santiago (PT) o poder público municipal está ausente nos bairros periféricos de Salvador. Segundo ele “a presença do Governo do Estado é fundamental, sem ela população sofre”. Ele discursou durante o ato de assinatura, pelo governador Rui Costa, de ordem de serviço para construção de contenções de encostas no bairro de Marechal Rondon (Rua Ligia Maria), no valor de R$ 3,8 milhões.
Além da construção de 330 metros de contenção de encostas em seis locais, será feita a recuperação de 200 metros de escadaria, com a construção de corrimãos, pavimentação de 1.107 metros quadrados de ruas e drenagem do solo. “Com essas obras e a requalificação do Dique do Cabrito, que acontecerá em outra etapa, o governo investirá cerca de R$ 40 milhões numa região estratégica entre Pirajá, Marechal Rondon e o Subúrbio. É quase o mesmo que a prefeitura investiu em apenas 6 quilômetros na Barra”, comparou.
Segundo o petista o Dique do cabrito restaurado e requalificado não ficará nada a dever ao do Tororó. A intervenção deve ser autorizada em até 90 dias. Além disso o governador determinou à Embasa, por intermédio do diretor Carlos Ramirez, que todas as residências do entorno sejam ligadas às redes de água e esgoto.
Bairro da Paz
Outra crítica à prefeitura foi feita por moradores do Bairro da Paz no sábado, 8, através de manifestação artística, pedindo a construção de uma escola do ensino Fundamental II na comunidade. A “Aula na praça” aconteceu na Praça das Decisões, onde foi discutida também a PEC 171, que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O ato contou com o apoio da petista Vânia Galvão.
Temas como educação inclusiva, problemas de mobilidade, identidade cultural e falta de infraestrutura urbana foram debatidos no evento, organizado pela Apompaz, instituição que atua por melhorias no bairro e faz parte de uma estratégia da mobilização para a implantação da unidade de ensino, iniciada em maio de 2013, quando o prefeito ACM Neto prometeu a líderes comunitários a entrega da unidade em 2015.
No dia 17 de julho foi promovida uma audiência pública, com a participação de vereadores, representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Secretaria Municipal de Educação. “Até o momento, não tivemos nenhum retorno da prefeitura sobre a nossa demanda. A única coisa que o representante da Secretaria de Educação nos disse, na audiência, foi que será construído um Centro de Educação Infantil no bairro, que faz parte do programa Brasil Carinhoso, do governo federal”, afirmou Mem Costa, presidente da Apompaz.