Política

Deputada Tia Eron critica atos de racismo contra apresentadora de TV

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Noel Tavares , Salvador | 04/07/2015 às 17:13
Deputada Tia Eron, do PRB
Foto:
A deputada federal Tia Eron (PRB-BA) classificou como um ato de desrespeito às ofensas sofridas
pela jornalista Maria Julia Coutinho que todos as noites, em rede nacional
apresenta previsão do tempo e informa os brasileiros sobre como vai ser o novo
dia, de acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet. “Eu
não posso admitir mais uma situação como essa! O curioso é que enquanto nós
lutamos em Brasília para punir duramente quem pratica esse tipo de crime, novos
casos acontecem”, exclama. 

Nesta Sexta-feira, Maju como é carinhosamente chamada recebeu através
das redes sociais e da página do telejornal no facebook cerca de 50 mensagens
racistas que foram combatidas pela mobilização de internautas contrários a esse
desrespeito ao ser humano. Diante das ofensas racistas, o Ministério Púbico de
São Paulo e o do Rio de Janeiro ficaram de entrar na justiça com ações para
apurar as denúncias de racismo contra a jornalista. 

Ainda em defesa de Maju, a equipe da empresa em que ela trabalho se reuniu
e publicou um vídeo narrado pelo apresentador, Willian Bonner que diz “Somos
Todos Maju”. Coordenadora Nacional do PRB Igualdade Racial, a deputada Tia Eron
ficou indignada com toda a situação e lembrou que desde o dia 28 de maio de
2015 tramita na Câmara o Projeto de Lei Nº 1749/2015
que aumenta para cinco anos a pena para que pratica  crimes de racismo.
“Precisamos barrar e punir de forma exemplar aqueles que praticam a injúria
racial. Semana passada o caso aconteceu no futebol, hoje foi com uma pessoa
ligada a TV e nós não podemos ficar quietos diante de tudo isso”, disse.

De acordo com Tia Eron, com o passar do tempo, o número de casos de racismo tem
aumentado no Brasil e no mundo do futebol está se tornando uma constante e
agora na TV. A parlamentar acrescenta que atitudes como essas
violam a regras básicas da moralidade e a punição tem que ser dura por estar
caracterizado sob o aspecto jurídico e disse ainda que a lei atual é branda e
incapaz de punir o criminoso porque a pena de reclusão aplicada
de 1 a 3 anos se processa mediante a ação penal, que muitas vezes é substituída
por penas alternativas.