A recriação da CPMF (o chamado imposto do cheque), proposta pelo PT, foi criticada pelo vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), para quem trata-se de uma manobra do governo federal, que deseja usar a saúde como pretexto para trazer de novo a cobrança.
De acordo com o pedetista “ainda que fosse verdade” o governo não deve encarar a saúde do povo como despesa nem custo, mas como investimento e sugere a destinação de 10% do PIB (produto interno bruto) do País para a área: “Isso, sim, seria uma medida séria e eficaz. No Brasil, o investimento per capita na saúde está muito atrás de países muito menos ricos do que o nosso, até mesmo na América Latina, como Uruguai e Argentina, por exemplo”.
Ele lembra que quando a CPMF estava em vigência, apesar da promessa de utilização dos recursos para saúde, o dinheiro tinha outro fim: “Esse filme o povo já viu. Quando o imposto existia, o que se arrecadava era aplicado em outras áreas, como infraestrutura e social - que não deixam de ser importantes, para cobrir o déficit orçamentário da União”.
“É completamente descabido o governo voltar a discutir o retorno da CPMF, principalmente num momento como o atual, que há em curso um ajuste fiscal violento, com o cidadão pagando essa conta. O governo já retirou a desoneração da folha de pagamento, já retirou redução do IPI em diversos setores, por exemplo. A CPMF já foi renegada pela sociedade”, critica.