Política

HILTON COELHO se diz indignado com manifestações homofóbicas no Brasil

Para o vereador imagens estão sendo manipuladas para denegrir imagem da Parada Gay
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 15/06/2015 às 19:16
Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
Foto: Reginaldo Ipê

O vereador Hilton Coelho (Psol) se disse indignado com o crescimento das manifestações homofóbicas após a divulgação de imagens da 19ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo, ocorrida no dia 9: “Acredito que os setores conservadores da sociedade querem utilizar as imagens, muitas até manipuladas e que não aconteceram na Parada Gay, para aprofundar a onda fundamentalista”.

A respeito da encenação feita pela atriz transexual Viviany Beleboni, como se estivesse crucificada, o socialista citou um trecho do texto de Victor Farinelli, publicado no site do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Ela desejou expressar “Jesus é o símbolo de defesa de todos os que sofrem, os gays são sofridos (crucificados), então, Jesus é protetor dos gays. Está dada a mensagem, de fundo altamente cristão. Sim, claro, de fundo cristão”.

Segundo o edil “acusaram-na de desrespeito à fé. Nossa posição foi clara em combate à homofobia e de respeito às pessoas que têm religiões e às que não professam nenhuma religiosidade e são ateus”.

Na visão do legislador muitas das imagens divulgadas pelos deputados fundamentalistas na Câmara dos Deputados no dia 10 foram feitas nos Estados Unidos e dizem respeito a uma peça polêmica daquele país: “Com a manipulação que fizeram aumentaram ainda mais a revolta entre pessoas religiosas e sinceras. Fizeram crescer também a homofobia, um crime que precisa ser combatido. Somos a favor de um Estado laico onde não se misture fé e política. A homofobia define o ódio, o preconceito contra os homossexuais, algo que combatemos”.

Criança e adolescente

Hilton Coelho coordenou também a reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da CMS, da qual é presidente, na manhã desta segunda-feira, 15, quando os membros do colegiado decidiram marcar uma audiência pública, em 9 de julho, para tratar sobre a aplicação dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). O colegiado também agendou uma oficina técnica sobre orçamento para o dia 24 do mesmo mês.

As atividades agendadas para o próximo mês deverão contar com gestores da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. Os eventos ainda não têm local definido e devem acontecer em parceria com as Comissões dos Direitos da Mulher e da Educação, Cultura, Esporte e Lazer. “Para a oficina é imprescindível a presença de um representante do prefeito”, disse o vereador

Participaram da reunião os edis Sílvio Humberto (PSB), Luiz Carlos (PRB) e Waldir Pires (PT), além das assessoras de Vânia Galvão (PT) e Aladilce Souza (PCdoB), do presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Rodrigo Alves, e demais representantes do órgão municipal.

A pauta da reunião incluiu ainda o debate sobre a audiência com o Ministério Público sobre as Execuções no Cabula; resoluções da IX Conferência Municipal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente e ações da Câmara; apresentação do Projeto de Lei das classes hospitalares; os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), calendário de visitas e audiência conjunta com a Câmara Federal sobre os Conselhos Tutelares.