Política

PASTOR ISIDÓRIO comanda ação contra LGBT e Luiza Maia pede respeito

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Tasso Franco , da redação em Salvador | 11/06/2015 às 16:11
Animos acirrados na Assembleia Legislativa
Foto: BJÁ
A deputada Luiza Maia (PT) fez críticas ao colega de parlamento, deputado Pastor Sargento Isidório, pelo discurso que considerou desrespeitoso contra o movimento LGBT, por atos envolvendo símbolos religiosos, na última Parada Gay de São Paulo. Para ela, não se pode descaracterizar ou generalizar um movimento que luta por causa justa, em razão de excessos por parte de uma minoria.

“Repudiar os excessos, tudo bem. Mas não a luta justa deste movimento que representa uma parcela da população que é violentada e desrespeitada todos os dias. Todo excesso é ruim. Defendo, porém, que todo grupo social que sofre em nossa sociedade tem o direito de se posicionar”, disse Luiza.

A parlamentar afirmou ainda que Isidório precisa recordar que homofobia é crime: “Assim como ele respeita a Bíblia, precisar também respeitar a Constituição Federal, para a qual todos são iguais”. 

DOCUMENTO DE ISIDÓRIO

24 deputados estaduais baianos assinaram um documento que chama o ativismo LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] de "imbecil" e que repudia a performance que crucificou uma mulher trans na Parada Gay de São Paulo, realizada no último domingo (7).

De autoria do deputado pastor Isidório, 23 outros deputados assinam o documento: Aderbal Caldas (PP), Adolfo Meneses (PSD), Alan Castro (PTN), Alex Lima (PTN), Ângela Sousa (PSD), Bobô (PC do B), Carlos Geílson (PTN), Carlos Ubaldino (PSD), David Rios (PROS), Herzem Gusmão (PMDB), Hildécio Meirelles (PMDB), Ivana Bastos (PSD), José de Arimatéia (PRB), Pastor Manassés (PSB), Nelson Leal (PSL), Pablo Barrozo (DEM), Pedro Tavares (PMDB), Reinaldo Braga (PR), Roberto Carlos (PDT), Robinho (PP), Sandro Régis (DEM), Soldado Prisco (PSDB) e Tom Araújo (DEM).

Em determinado trecho, o texto diz que o ativismo LGBT é "imbecil". "De acordo com a fé que exerço (a evangélica), Jesus, que sofreu horrores para nos salvar, desde a ressurreição não está mais na cruz! Mas, é inaceitável desfazer e zombar da fé alheia, associando um ativismo imbecil à imagem santa de Jesus. Uma ideia de profundo mau gosto que beira a sandice dando foco ao reino de Satanás", afirma o deputado, referindo-se à crucificação da atriz trans.