Política

CONSELHO Municipal de Saúde faz assembleia no Centro de Cultura da CMS

A comunista comentou ainda os resultados de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz sobre a enfermagem no Brasil
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 02/06/2015 às 20:01
Assembleia do Conselho Municipal de Saúde
Foto: Antonio Queirós

Profissionais da área de saúde e população puderam participar da assembleia realizada na tarde desta terça-feira, 2, pelo Conselho Municipal de Saúde de Salvador, para discutir as condições da saúde na capital baiana, no auditório do Centro Cultural da Câmara.

“Vamos fazer um balanço do Sistema Único de Saúde (SUS), a maior política de saúde das últimas décadas”, disse a vereadora Aladilce Souza (PCdoB). “Quais os avanços que conseguimos? Conquistamos melhorias na saúde do país? Como anda a gestão de saúde? O acesso ao usuário é integral?”, questionou.

Ela também criticou o corte no orçamento público para a área e defendeu a abertura de vagas através de concurso público. A plenária faz parte da segunda e terceira etapas da XIII Conferência Municipal de Saúde, que tem como temática “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”.

Pesquisa sobre enfermagem

A comunista comentou ainda os resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e apresentada na última sexta-feira, 29, no Centro Cultural. O estudo inédito mostrou dados nacionais e locais sobre a situação atual da enfermagem.

Os números mostram a enfermagem brasileira composta por 75% de técnicos e auxiliares de enfermagem e 25% de enfermeiros; 73% dos profissionais baianos estão na capital. A pesquisa ainda mostrou que há mais homens trabalhando na área, que os salários são baixos e há desgaste profissional e exploração.

Para a edil, que também é enfermeira, os resultados são impactantes: “É um convite à reflexão e união. Precisamos lutar para reverter essa realidade e para que a valorização corresponda ao serviço de saúde”.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Maria Luisa de Castro Almeida, a pesquisa servirá como uma ferramenta importante: “Essa pesquisa tem sido muito esperada, pois fortalecerá a luta da enfermagem brasileira. A ideia é multiplicar e levar os resultados para toda a Bahia”.