Política

ARNANDO LESSA alerta para risco de deslizamento em São Caetano

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher pede apuração de estupro de médica do Hospital São Rafael
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 20/05/2015 às 18:59

O risco iminente de deslizamento de terra, na Rua Maria Isabel, em frente à Madeireira Azevedo Machado, no bairro de Boa Vista de São Caetano, foi comunicado à Prefeitura de Salvador pelo vereador Arnando Lessa (PT), pedindo intervenção urgente no local. Segundo ele várias famílias estão em perigo.

Após visita ao local no último domingo, o presidente da Comissão de Planejamento Urbano da Câmara afirmou que até agora o Município só tomou medidas paliativas e não resolveu o problema: “Distribuir lona preta, cesta básica e colchões não resolve o problema. É necessário que sejam feitas ações concretas, contenção de encostas, obras de macro e microdrenagem”.

Solar Boa Vista

O comunista Everaldo Augusto está alertando para a situação de abandono do Parque Solar Boa Vista, localizado no Engenho Velho de Brotas. Ele apresentou fotos dos sanitários, equipamentos esportivos, parque infantil, quadra e anfiteatro tomados por mato, lixo, insetos e roedores.

O Solar, casarão imponente do final do século XVIII, dá nome ao parque, tendo sido moradia do poeta Castro Alves, sofreu um incêndio em 2013 e estava cedido à prefeitura desde 2003. “A partir daí todo o espaço passou por um processo de degradação, com lixo e mato tomando conta do espaço, diz o legislador. Sem contenção, os escombros da casa incendiada e as poucas paredes estão indo ao chão e no que sobrou continua funcionando a Secretaria Municipal de Educação”.

Na segunda-feira, 18, ele se reuniu com representantes da Rede de Arte e Cultura do Engenho Velho de Brotas, no Cine Teatro, e discutiu a criação de um movimento para mobilizar a comunidade e cobrar dos órgãos públicos a revitalização e ocupação do Parque. Na ocasião, os moradores falaram da ausência de iluminação e segurança, fatores que também inviabilizam o uso do espaço.

“Nosso mandato está à disposição para ajudar no que for necessário. Vamos construir ações, envolvendo as esferas estadual e municipal para sensibilizar os gestores públicos para a importância cultural, histórica e arquitetônica deste espaço que tem grande simbologia para os moradores do bairro e para a cidade como um todo”.

Apuração de estupro

A violência sexual sofrida por uma médica no estacionamento do Hospital São Rafael, explorado pela Well Park, na noite de sexta-feira, 15, dominou grande parte dos debates na sessão ordinária da CMS, nessa terça-feira, 19. Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Aladilce Souza (PCdoB) se solidarizou com a vítima e comunicou que enviou ofícios tanto à direção do hospital quanto do estacionamento cobrando medidas preventivas.

Enfermeira e sindicalista na área da Saúde, ela denunciou o alto índice de assaltos e estupros nas proximidades de hospitais, tanto da rede pública quanto privada, pelo fato da categoria ser formada em sua maioria por mulheres. Encaminhou também ofício à Secretaria de Segurança Pública frisando que este não foi o primeiro caso de violência sexual em hospitais e reivindicando a adoção de medidas de segurança nas unidades.

Também integrantes da Comissão da Mulher Ana Rita Tavares (PEN) e Kátia Alves (DEM) reforçaram a cobrança por mais segurança.

Para Arnando Lessa (PT) a responsabilidade pelo ocorrido é também da unidade hospitalar: “É preciso atentar que a vítima utilizava o estacionamento estando a serviço do hospital. É preciso também discutir a segurança proporcionada pelo hospital aos seus funcionários”.

Leo Prates (DEM) lamentou o caso e sugeriu que as comissões da Mulher e de Defesa dos Direitos do Cidadão acompanhem de perto a apuração, defende também que o autor e a Well Park sejam responsabilizados. O presidente da Comissão de Direitos do Cidadão, Everaldo Augusto (PCdoB), informou que todos os aspectos relacionados a relação de consumo envolvendo estacionamentos, inclusive segurança, serão debatidos em audiência pública no dia 27 de maio, às 9h, no auditório do Bahia Center (Rua Ruy Barbosa).

Líder da bancada da oposição na Câmara, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) concordou com a tese. Moisés Rocha (PT) lamentou a violência sexual, mas ressaltou que ela é cotidiana nos bairros periféricos e que “só provoca indignação quanto atinge a classe média”.