Assembleia perde protagonismo junto ao estado e não realiza algo novo e de importância social
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/05/2015 às 16:25
Sessão caiu por falta de quórum e deputados ficam conversando no plenário
Foto: BJÁ
A Assembleia Legislativa está perdendo o protagonismo com a Bahia e especialmente com a cidade do Salvador. A sessão desta segunda-feira, 18, foi um exemplo disso. Discussões de pouca relevância, o deputado Hildécio Meireles (PMDB) falando sobre o descaso do governo com as estradas do Baixo Sul; Pablo Barrozo (DEM) criticando a Petrobras com o que considera farra no patrocínio de festejos juninos; Rosemberg Pinto (PT) defendendo a Petrobras e destacando que na terça-feira estará ausente da Casa; enfim, nada relevante.
Como não há projetos de lei na ordem do dia da Casa nem tampouco os deputados parecem preocupados em discutir as questões relacionacas as chuvas que caem na RMS, até agora com 20 mortos em Salvador, inundações em Lauro de Freitas e Camaçari, a sessão caiu por falta de quórum, pedido feito pelo deputado Rosemberg Pinto.
APELO DO LIDER DA MINORIA
Em nome de todos os partidos que congregam a bancada de oposição na Assembleia Legislativa - PSDB, PMDB, DEM, PRB, PSC e PV - o líder do bloco, Sandro Régis (DEM), prestou solidariedade a Salvador e apelou a todas as lideranças do município para que se unam no sentido de colaborar com a cidade nesse momento considerado o mais difícil dos últimos 20 anos.
Preocupado com os estragos das chuvas e com a aflição de centenas de famílias - sobretudo as que residem nas perigosas encostas -, o deputado colocou sua bancada à disposição para o que for necessário.
"Em 17 dias caiu em Salvador chuva para mais de dois meses ", preocupou-se, informando que o índice pluviométrico acumulado atingiu 440 milímetro em menos de um mês, sendo que a média histórica mensal é de 359 mm.
"Temos acompanhado o trabalho da prefeitura junto às famílias desabrigadas e em situação de risco", disse Régis, informando que a prefeitura vem oferecendo auxílio-emergência e do aluguel-social no valor de R$ 300 mensais, concedido em até um ano e permitindo que as famílias tenham tempo de encontrar solução de moradia.
"A prefeitura também vem distribuindo lonas, colchões, cobertores, cestas básicas e abrigamento para os que estão em situação de risco", disse o parlamentar, lembrando que foram investidos cerca de R$ 200 milhões em manutenção e prevenção, só em 2014.
Segundo o líder, nos primeiros meses desse ano a prefeitura aplicou mais de R$ 40 milhões em serviços de drenagem, desobstrução de rede, construção e recuperação de escadarias drenantes.