Política

ASSALTOS a bancos estão inviabilizando garimpo de esmeraldas na Bahia

A Serra da Carnaíba tem a maior exploração de esmeraldas na Bahia
Tasso Franco , da redação em Salvador | 13/05/2015 às 18:29
Deputado Adoldo Meneses (PSD) diz são 20.000 pessoas passando dificuldades
Foto: BJÁ
  O deputado Adolfo Meneses (PSD) afirmou nesta quarta-feira, 13, no plenário da Assembleia Legislativa que é muito grave a crise no garimpo de esmeraldas da Carnaíba, em Campo Formoso, região Norte do Estado, com mais de 20 mil pessoas passando imensas dificuldades, situação agravada nos útlimos tempos com um controle mais rigoroso do Exército na venda de dinamites. 

   Isso porque, com o acentuado aumento de explosões de agências bancárias, quem trabalha com a mineração e não tem nada a ver com os assaltos aos bancos, está pagando um alto preço.

  Adolfo em conversa com o BahiaJá disse que é plenamente favorável ao controle rigoroso pelo Exército da vendas das 'bananas de dinamites', mas, isso não pode ser feito a ponto de inviabilizar o garimpo em Campo Formoso que tem 50 anos na Serra da Carnaíba. 

  "O controle sempre existiu e os garimpeiros e empresários que atuam no município sempre adquiriram explosivos para seus negócios, mas, agora, está ficando insuportável as dificuldades em se adquirir os produtos que servem à exploração das esmeraldas", frisou.

  O garimpo mais produtivo em Campo Formoso é aquele produzido a partir das explosões de rochas que contém esmeraldas, sendo que dos 100% de uma rocha, a quantidade de esmeraldas atinge 8% a 10%. A outra prospecção das esmeraldas é feita no chamado garimpo de lameiro (veio de barro), um trabalho de risco e que exige escoramento dos buracos com madeiras resistentes.

  Segundo Adolfo, com as dificuldades dos empresários que atuam no garimpo rochoso em adquirir os explosivos, vitais para fragmentar as grandes rochas, o desemprego se acentuou, centenas de mulheres (as quizilas) que vivem de triturar as sobras das rochas desprezadas pelas empresas ficarem sem ter o que fazer, os garimpeiros idem, o comércio sofre com a falta de dinheiro, e as pessoas ficam vagando pelos locais sem terem o que fazer.

  "É uma situação muito complicada porque toda essa gente que vive de garimpos só sabe fazer isso e ou se mudam para outro lugar; ou então é preciso que haja o controle da venda dos explosivos, mas, sem inviabilizar o garimpo, que é uma atividade extrativista de livre garimpagem que existe há 50 anos em Campo Formoso".