Política

Valmir cobra rigor nas investigações do assassinato de índio Tupinambá

Fato aconteceu em Ilhéus
Vitor Fernandes , Salvador | 06/05/2015 às 09:47
Deputado Valmir Assunção
Foto: Ag Câmara
O assassinato de um índio Tupinambá no município de Ilhéus, no sul baiano,
impulsionou os debates sobre segurança pública no interior do estado. De acordo
com o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), os conflitos por terra agravam
a situação e vitimam agricultores, índios e assentados de reforma agrária. “Cobramos
rigorosas investigações e que os criminosos sejam apresentados e punidos. Não
podemos permitir que sigam com essa estratégia de assassinar quem luta pelos
seus direitos. É preciso assumir o assunto e acelerar as investigações deste e
de outros crimes contra camponeses e indígenas”, dispara Assunção.  

O índio Adenilson da Silva Nascimento, conhecido por Pinduca, foi morto a tiros
em uma emboscada, enquanto passeava com a esposa e três filhos. O crime ocorreu
na noite da última sexta-feira (1º) e um protesto parou a BR-101, na
segunda-feira (4), com manifestantes pedindo por justiça. A vítima era pai de
12 filhos e atuava na região como agente de saúde. Na emboscada, a esposa do indígena
também foi baleada, mas não corre risco de morte. 

“A região onde foi assassinado o índio fica próximo à divisa com Buerarema, uma
região de conflitos entre índios e latifundiários, e não é o primeiro líder
indígena que é brutalmente assassinado. Foram tantos disparos que a polícia
técnica não conseguiu precisar os números de tiros. A comunidade Tupinambá mais
uma vez vive o luto de um crime brutal envolvendo uma de suas lideranças”,
salienta Valmir. O corpo do indígena Pinduca foi velado na Aldeia Itapoã, em
Olivença, distrito de Ilhéus, e foi sepultado, no último domingo (3), no
Cemitério Nossa Senhora da Escada.