Política

LEI DURA: INDONÉSIA fuzila hoje 8 pessoas acusadas tráfico de drogas

Na Indonésia a lei é rigorosa para pessoas envolvidas com o tráfico de drogras. Elas são condenadas a pena de morte.
Globo , Indonésia | 28/04/2015 às 10:45
Dois 8, 7 são estrangeiros. Entre eles, 3 africanos e o brasileiro Gularte
Foto: AFP
Os parentes dos prisioneiros que estão no corredor da morte na Indonésia estão no presídio onde as execuções podem acontecer a qualquer momento. Os familiares chegaram na manhã desta terça-feira (28) à cadeia de Nusakambangan. Entre os condenados está o brasileiro Rodrigo Gularte, e sua família também foi chamada ao complexo.

O prazo de 72 horas dado pela justiça indonésia após o anúncio para os prisioneiros de que eles serão executados terminou. Os nove condenados – oito deles estrangeiros – podem ser mortos por fuzilamento a partir desta terça.

O porta-voz da promotoria, Tony Spontana, disse que os preparativos para as execuções foram 100% completados e que o pelotão de fuzilamento está a postos em Nusakambangan desde sábado. Também segundo ele, Gularte e os outros oito condenados não têm mais possibilidades de recorrer das sentenças.

Porém, o governo da Indonésia informou que não irá anunciar a data e horário das execuções. Segundo o jornal "Jakarta Post", há especulações de que elas ocorrerão nas primeiras horas de quarta-feira (29), na hora local – tarde desta terça no horário de Brasília.
As famílias foram orientadas a se despedir dos prisioneiros nesta terça, outra indicação de que a pena será executada nesta quarta.
Além disso, a mãe de um dos australianos no corredor da morte disse que a execução será às 17 GMT – 14h de Brasília.
Um repórter da AFP na ilha de Nusakambangan, onde estão os presos, disse que ambulâncias carregando caixões vazios já chegaram ao local.
Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução / RPC)
Rodrigo Gularte. (Foto: Reprodução / RPC)
Gularte, de 42 anos, soube no sábado (25) que será executado por fuzilamento. Ele recebeu visita da prima, Angelita Muxfeldt, na prisão. O encontro foi “difícil”. Ele se negou a fazer os três últimos pedidos a que tem direito, disse o advogado Ricky Gunawan. “Ele rejeitou, rindo. E disse: ‘Isso é alguma coisa como Aladdin? Não preciso disso’”. O defensor assumiu o caso em março.
Nesta terça, Angelita disse que seu primo não sabe que poderá ser executado a qualquer momento. Ele está calmo e acredita que será solto, relatou a brasileira.