Política

COMISSÕES da CMS fazem debates sobre transporte escolar e Carnaval

Participantes do debate sobre a festa de momo apontaram várias mudanças a serem feitas
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 16/04/2015 às 18:14
Audiência pública sobre o Carnaval
Foto: Reginaldo Ipê

A regulamentação da lei que obriga a instalação de equipamentos de GPS nos veículos de transporte escolar em Salvador será debatida na próxima quinta-feira, 23, às 15 horas, no auditório do anexo Bahia Center, da Câmara Municipal. A iniciativa é da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais, presidida pelo vereador Euvaldo Jorge (PP). A nova regra foi sancionada em 2014, sendo regulamentada neste ano.

Já a Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal de Salvador começou a discutir e planejar o evento do próximo ano, durante audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 16, no Centro Cultural da CMS. Segundo o presidente do colegiado, Arnando Lessa (PT), o objetivo do debate foi buscar aprimoramento para a festa nos próximos anos.

“Discutir democraticamente a hierarquização das filas, a estrutura e a organização da festa é muito importante para os próximos anos. Tudo o que for sugerido nesta reunião será encaminhado aos órgãos competentes pela comissão”, disse ele.

O presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Pedro Costa, apresentou um balanço das mudanças mais importantes dos últimos anos de festa. Entre elas está a necessidade de maior fluidez na passagem dos blocos: “Já foi o tempo em que os proprietários mandavam nas atrações, pediam para que eles não parassem e eles obedeciam. Agora, um artista, quando vê as câmeras, inevitavelmente para e acaba atrapalhando tudo”.

As medidas realizadas pela valorização do Circuito do Campo Grande foram consideradas ‘muito positivas’ por Costa: “Atrações de peso não faltaram. Neste último ano, por exemplo, grandes nomes foram patrocinados pela prefeitura para desfilarem no circuito oficial. Qualidade não faltou”.

Indústria desumana

O presidente do Bloco Cheiro de Amor, Windson Silva, denunciou a venda e arrendamento de vagas: “Fosse por mim essa indústria desumana e que privilegia meia dúzia de gatos pingados e ainda por cima tem a chancela dos governos municipal e estadual, que investem mais nas chamadas entidades ricas e poderosas de Momo do que na educação e na saúde, já tinha há muito sofrido transformações no intuito de contrariar sempre os bem aquinhoados. O Carnaval virou um comércio escuso que ultrapassa as cordas e as paredes bem protegidas dos camarotes dentro dos quais jorram milhões de reais”.

Lessa anotou as denúncias, afirmou que pessoalmente não tomaria partido, mas prometeu encaminhar um posicionamento, em conjunto com todo o colegiado, para o Ministério Público da Bahia. Duda Sanches (PSD), Everaldo Augusto (PCdoB), Kátia Alves (DEM) e Pedrinho Pepê (PMDB) também participaram da mesa da audiência pública.