A segurança para quem anda de bicicleta nas ruas de Salvador foi o tema da reunião, mantida na última terça-feira, 7, no Quartel dos Aflitos da Polícia Militar, entre o subcomandante geral da corporação, coronel Reis e representantes dos grupos Amigos de Bike, Pró Bike e Asbeb. O encontro foi agendado pelo vereador Everaldo Augusto (PCdoB), autor de vários projetos para garantir a integração da “magrela” ao sistema de transporte público da cidade e de campanhas para promover o uso do veículo.
O comunista apresentou ainda proposta para tornar obrigatório o número de série das bikes nas notas fiscais de compra e venda. “Como não existem duas bicicletas com o mesmo número, nossa proposta é facilitar a recuperação, já que uma das dificuldades da PM é identificar o proprietário. Estamos tomando outras providências, a fim de conscientizar os lojistas desta necessidade e já nos reunimos com o Procon para tratar o assunto”, adiantou.
Passeios em grupo
De acordo com a Asbeb, Salvador possui cerca de 25 mil ciclistas. Muitos deles realizam passeios em grupos, devido aos altos índices de assaltos, principalmente na orla da cidade. O aposentado Jaime Queiroz pedala há cerca de 5 anos e narrou no debate o assalto sofrido: “Fui abordado por dois elementos que me obrigaram a descer da bicicleta na região de Amaralina. Tempos depois eu a localizei na Barra, toda modificada, e preferi não abordar o condutor. Infelizmente não dá mais para pedalar na orla sozinho, porque os marginais chegam armados e de caminhonetes para roubar”.
O oficial disse ter mapeado as regiões mais perigosas e garantiu reforçar o policiamento nesses locais: “Já informei para eles que, se comunicarem com antecedência o local, a PM vai acompanhar os grupos com toda segurança necessária e sem nenhum tipo de problema e inconveniente”.
Detetive virtual
Marcos Samarone, um dos fundadores do site www.bikeregistrada.com.br, apresentou um site da internet que tem colaborado para a recuperação de bicicletas roubadas em Brasília, através de um cadastro virtual: “O serviço é gratuito e funciona como um cadastro nacional a partir do número de série da bicicleta. Desenvolvemos também um selo de segurança e um aplicativo para smartphones, que vão facilitar a identificação em tempo real através de celulares. Se a bicicleta estiver com status de roubada tem como a pessoa enviar um SMS, e-mail ou telefonar para o dono da bicicleta”.