Política

Deputado Benito Gama diz que Brasil precisa voltar a ser radar mundial

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Luzi Pimentel , Salvador | 08/04/2015 às 20:50
Veja fala do deputado Benito Gama
Foto: Ag Câmara
  Na tarde desta quarta-feira (8), Benito Gama, deputado federal pelo PTB da Bahia realizou discurso no Plenário da Câmara dos Deputados dedicado, especialmente, aos baianos. Benito falou sobre a fusão entre o PTB e o DEM, reformas, crises no Governo, ajustes fiscais e história política. “Venho à tribuna desta Casa para falar aos brasileiros, em especial aos baianos que confiaram a mim o voto para representá-los na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional. Sinto-me extremamente honrado e gratificado em poder exercer o 5º mandato”, disse.

Durante o discurso, o deputado Benito Gama informou que a fusão entre o PTB e o DEM está em fase de negociação. “As conversas continuam autorizadas pelas executivas dos dois partidos. Seguramente, acontecendo como se espera que aconteça, será realmente um partido extremamente importante não somente para a democracia, mas
para esta Casa do Congresso Nacional”, disse.

O tema foi abordado em aparte do deputado federal (DEM), Elmar Nascimento ao discurso do deputado Benito Gama. “Terei o prazer e o privilégio de tê-lo como companheiro caso a fusão se concretize. Espero que, se Deus permitir, com as conversas avançadas, autorizadas pelas respectivas executivas dos nossos partidos, o
Democratas e o PTB, nós haveremos de caminhar para uma futura fusão. E terei a honra de não só ser seu colega de Parlamento, mas ser companheiro de partido e de bancada de oposição”, disse.

Benito Gama após agradecer o apoio do deputado Democrata, falou sobre as reformas no Brasil. "São imprescindíveis, a reforma tributária, a política, a previdenciária, a de gestão do Estado brasileiro. Há cerca de 12 anos não há uma reforma neste País. É hora de reagir! Participo de comissões técnicas e políticas como, por exemplo, a comissão de reforma política, uma das prioridades.

Estou trabalhando pela unificação das eleições para os Municípios e Estados brasileiros, o “voto distritão”, em que prevalece a verdade eleitoral: os Deputados e os vereadores mais votados é que se elegerão. Defendo também a coligação proporcional, a coincidência das eleições e o fim da reeleição para Presidente, Governador e prefeitos”, explicou.

Comentou o atual momento 
de crise do Brasil 

"Estamos atravessando um momento extremamente difícil na economia, porém, a crise maior que existe hoje é a crise política. Resolvendo-se a crise política e esse impasse, seguramente todos os outros serão construídos. A crise
econômica é gravíssima. O desajuste da gestão do Governo Federal também é gravíssimo. E a crise moral e ética, sobretudo na administração federal, precisa ser estancada. Não dá para conviver numa sociedade onde o tecido social
está completamente contaminado por ações de aventureiros e corruptos, que precisam ser julgados e condenados”.

  Informou que neste ano, a economia deve crescer negativamente menos de 1%. “Vemos realmente que isso vai levar ao desemprego no País. Portanto, temos que lutar para fazer o ajuste fiscal e para a nossa economia voltar a trilhar os caminhos do emprego e do equilíbrio. Temos muito trabalho pela frente. Dessa forma, mais do que criar CPIs e investigações nas Comissões, nós temos neste momento que buscar uma solução eficaz para combater a corrupção, para construir uma economia competitiva e saudável, onde o Estado realmente ocupe o lugar que
precisa ocupar no Brasil.

O parlamentar baiano defendeu o diálogo como a saída em busca de melhores dias para os brasileiros. “O Brasil tem todas as condições de retornar ao radar do mundo. O Brasil, como sétima ou oitava economia mundial, sempre esteve no radar do mundo, e infelizmente nós estamos vendo agora, muito tristes, que o País está
saindo desse radar. Nós, como Poder Legislativo e o Poder Executivo, todos os Poderes do País , temos que ajudar o Brasil a retornar ao radar do mundo, posição em que sempre esteve e em que há de continuar. A nossa economia vai muito mal. Por isso, nós temos que lutar muito para que isso aconteça”, disse.