Política

Maria del Carmen debate Lei Anticalote a terceirizados em Porto Alegre

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Ascom Del Carmen , Salvador | 26/03/2015 às 16:31
Deputada Maria Del Carmen, em Porto Alegre
Foto: DIV
A convite na Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a deputada estadual Maria del Carmen (PT) participou, nesta quinta-feira (26), em Porto Alegre, de audiência pública para discutir um projeto de lei que cria mecanismos para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas dos trabalhadores terceirizados que atuam no poder público.

Na Bahia, a deputada Maria del Carmen é autora de projeto semelhante, apelidado de Lei Anticalote, que já vai passar a valer, conforme a Secretaria Estadual da Administração (Saeb), a partir do mês de abril, contemplando a, aproximadamente, 40 mil trabalhadores terceirizados em todo o estado.

A medida determina que, por meio de depósito em banco público oficial, sejam retidos em conta vinculada os benefícios referentes a férias, 13º salário, INSS e multa do FGTS, evitando assim que empresas terceirizadas apliquem calote nos prestadores de serviços das mais diversas áreas.

“Esta é uma proteção aos trabalhadores que, frequentemente, são vítimas de calotes, e ao Estado, que vem sendo obrigado a pagar duas vezes pelo mesmo serviço, uma vez que já há jurisprudência que considera o Poder Público devedor solidário quando a empresa contratada deixa de arcar com suas obrigações”, disse a deputada Maria del Carmen durante a audiência.

Baseado na proposta de Maria, o deputado sul-rio-grandense Adão Villaverde (PT) pretende fazer com que as empresas que prestam serviço ao poder público cumpram a legislação trabalhista em seu estado.

Ao encerrar a audiência, Villaverde afirmou que a aprovação do projeto representará “um avanço nas práticas administrativas, que devem buscar a garantia do interesse público e do bem comum”.

Presente no evento, o presidente da Federação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, afirmou que, na Bahia, “as empresas sérias
apoiaram a iniciativa. As empresas picaretas, que vencem licitações e quebram no final dos contratos para não pagar o que devem aos trabalhadores ou usam os recursos dos direitos trabalhistas de forma indevida, é que chiaram”.