Política

HILTON COELHO denuncia violência da Sucom em Paripe com 21 famílias

Segundo o socialista as famílias passam por dificuldades e a Prefeitura não liga
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 23/03/2015 às 18:21
Hilton: Sucom comete arbitrariedade
Foto: LB

O vereador Hilton Coelho (Psol) denunciou nesta segunda-feira, 23, a situação de precariedade experimentada por 21 famílias, removidas pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) em Paripe no dia 23 de agosto do ano passado. Representantes do grupo procuraram o edil em seu gabinete, relatando que a chamada Operação Ocupação Linha Férrea foi desenvolvida com violência, com apoio da Polícia Militar.

Segundo o socialista “colocaram as famílias no chamado aluguel social e avisaram que as famílias seriam contempladas pelo Programa Minha Casa Minha Vida. A Prefeitura de Salvador nada mais pagou e as famílias enfrentam toda sorte de problemas. Uma vergonha que exige uma solução imediata solução”.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Fazenda Coutos foi quem efetivou o cadastro das famílias. “Até o momento nada foi feito e todos poderão engrossar o já triste e grande número de pessoas em situação de rua. Cerca de 50 crianças estão entre as famílias. Serão jogadas nas ruas?”, questiona Hilton, para quem as famílias ocuparam a área entre a pista e a linha férrea por falta de local para morar.

Em sua opinião “antes de despejar as famílias a prefeitura deveria providenciar local seguro para aqueles que não tinham e não têm local para residir. Para piorar, o despejo no dia 23 de agosto foi arbitrário e ilegal. A Sucom, com o apoio da Polícia Militar, sem prévio aviso, demoliu as casas. Não apresentaram nenhuma justificativa oficial, não houve notificação para evacuação e, com arbitrariedades, seus pertences ficaram jogados na rua”.

“Recebemos hoje as famílias e estamos atuando para que esse grave problema social seja resolvido com medidas e ações administrativas, políticas e não com autoritarismo. Na ocasião, telhas, madeirites, grades e outros materiais foram levados pela Sucom sem que os legítimos donos pudessem recuperá-los. Os imóveis que estavam trancados foram arrombados sem a permissão dos respectivos moradores. Exigimos uma solução imediata e que os direitos das 21 famílias sejam respeitados”, cobrou.