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Helga Cirino , Salvador |
18/03/2015 às 12:24
Dewp sd Prisco pede 1 minuto de silêncio pela morte dos policiais
Foto: DIV
Deputados, sociedade civil organizada e policiais civis, militares, federais e guardas municipais se reuniram, ontem (17/03), na sala da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para discutir sobre a vitimização dos profissionais da Segurança Pública no Estado.
A iniciativa do deputado estadual soldado Prisco (PSDB), trouxe à tona debate sobre aumento dos crimes praticados contra o público. Participaram do debate, além do deputado estadual que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, o presidente da mesa, o deputado estadual Marcelino Galo (PT), o representante da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Bahia, Eduardo Rodrigues, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Marcos de Oliveira Maurício, o guarda municipal e diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Bruno Cruz, o vice-presidente do Sindicato de Policiais Federais do Estado da Bahia, José Mário, e a representante da Polícia Civil, a delegada Heloisa Brito.
Durante audiência pública, o deputado estadual soldado Prisco pediu um minuto de silêncio e passou um vídeo com fotos e um pouco das histórias dos oito servidores da segurança pública que foram assassinados este ano ou por serem reconhecido ou tentarem evitar ações de criminosos na Bahia.
“São pais de família e, assim como eu e todos vocês, trabalhadores cidadãos. O número de servidores mortos está crescendo ano a ano. Em 2013 foram 13 assassinatos. Em 2014 tivemos um aumento de 100% com 26 vítimas de homicídios. E, somente nos dois meses e dezesseis dias de 2015 já ocorreram oito baixas nos quadros da segurança pública do Estado. Neste ritmo, se não debatermos a temática e propormos ações de combate ao crime, ao final do ano, o número de mortes vai aumentar ainda mais”, reclamou soldado Prisco.
SAÚDE MENTAL
Na sessão, também foram apresentados dados referentes aos problemas de saúde mental que vitimam os policiais. No caso dos militares, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os problemas psicológicos são a segunda causa de afastamento do público no Brasil.
“Temos também que nos ocuparmos da questão psicológico desses servidores que são levados ao confronto e no dia seguinte devem continuar suas atividades com normalidade”, afirmou a delegada Heloisa Brito.
O representante do Sindicato dos Policiais Federais, José Mário, ainda tratou da necessidade de desmilitarização da Polícia Militar do Estado da Bahia, tema que será debatido em audiência pública pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, e implementação da carreira única.
“Quando um profissional inicia suas atividades ele é promovido com o passar dos anos, conforme vai demonstrando seu potencial. Na polícia militar isso não ocorre. O soldado jamais chega ao oficialato, já que o ingresso nas carreiras são por canais diferenciados”, criticou.
Crimes contra o público também será tema de audiência da OAB
“A discussão sobre os direitos humanos do policial militar nunca foi debatida com tanta frequência”, comemorou soldado Prisco. A temática volta a ser tema, dessa vez pela seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), que promove no dia 25 de março a audiência pública “Direitos Humanos e segurança pública: quem protege o policial?”.
O evento, que acontecerá no auditório da entidade, na Piedade, discutirá as mortes de policiais ocorridas na capital baiana nos últimos meses, com a presença de representantes da Sceretaria de Segurança Pública, sociedades civis representativas da classe e o deputado estadual soldado Prisco.
Aos veículos de comunicações, Jerônimo Mesquita, secretário-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB-BA, defendeu a necessidade do evento. “As associações representativas da polícia militar procuraram a comissão para relatar as dificuldades no exercício da profissão, como os baixos salários e a violência que sofre no cotidiano, e a Ordem se comprometeu a mediar para encontrar uma solução justa e adequada”, afirmou à imprensa.