Política

Deputado que presidiu CPI impeachment no Brasil avalia manifestações

Veja o que diz Benito Gama
Luzi Pimentel , Salvador | 15/03/2015 às 15:35
Manifestações hoje em BH
Foto: DIV
Movimento comandado, não por partidos, mas por um sentimento de indignação e o desejo de fortalecer a democracia. Que belo exemplo dá o povo brasileiro!”, avaliou o deputado federal (PTB-BA), Benito Gama sobre os atos de protestos realizados neste domingo (15), contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção no Brasil em ao menos 16 Estados, além do Distrito Federal.

Benito Gama presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI do primeiro e único impeachment da história política brasileira, derrubando do poder o ex-presidente da República e senador Fernando Collor em 1992. Ele considerou legítimas as manifestações.“Protesto forte, grande e com paz com repercussão internacional. O mundo também de olho no Brasil. Um país que já mostrou a sua força e poderá mostrar ainda mais. Este também é um momento para reflexão”, disse o deputado Benito Gama. 

Constituinte de 1988, Benito Gama, questionado sobre a possibilidade de um impeachment disse acreditar que numa votação sobre este processo no plenário da Câmara, neste momento, a presidente Dilma perderia no voto e seria afastada do cargo. “O governo teria de garantir um mínimo de 171 votos, para escapar da abertura de um eventual processo de impeachment. Uma missão difícil, ainda mais, com o agravamento da divulgação da lista de políticos investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje o governo teria apenas 136 dos mais de 500 votos da Casa legislativa”, disse Benito.

O parlamentar baiano que é membro titular da comissão de Reforma Política, disse ainda que até podem surgir condições para o eventual pedido de abertura do processo de impeachment. “se der uma descarga no que é demagógico, partidário, político, eleitoreiro e emocional. Para o Congresso Nacional tomar uma posição política contra a presidente é preciso unir elementos essenciais como: fatos e alguém de credibilidade para fazer denúncias, afirmou.”, explicou Benito.