Política

ATO DA CUT em defesa da Petrobras depois que governo afundou a empresa

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Da Redação , da redação em Salvador | 13/03/2015 às 12:46
Deputado Davidson Magalhães defende a Petrobras
Foto: DIV
   Integrantes da CUT, MST, professores, servidores públicos e outros movimentos sociais participaran nesta sexta-feira, 13, de um promovido em Salvador, em frente à sede da Petrobras no Itaigara, depois que o governo do PT praticamente afundou a empresa num mar de lama, caso que vem sendo investigado pela PF na Operação Lava-Jato.

   O deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) destacou em seu discurso a importância da criação da Frente Parlamentar Em Defesa da Petrobras, que será presidida por ele e lançada no próximo dia 24 na Câmara dos Deputados. Falou sobre a importância da articulação e diálogo entre o parlamento e a sociedade civil organizada. E conclamou todos à união em torno da empresa. 

    “Estamos aqui para dizer que não aceitamos a posição das elites golpistas que querem desqualificar a Petrobras para depois privatizar a empresa. Isto não vai acontecer. Este é o momento de união em defesa da companhia. Queremos a apuração dos fatos e punição dos culpados, mas por outro lado, não é admissível que todo o capital institucional e o seu valor de mercado sejam dilapidados por setores sem compromisso com a soberania nacional e com o a própria empresa”.
   
    Já o ex-presidente da empresa, Sérgio Gabrielli foi às ruas para voltar a negar que exista uma esquema de corrupção dentro da Petrobras. Durante manifestação em Salvador em favor da estatal, Gabrielli condenou quem afirma que a corrupção na Petrobras está institucionalizada.

   "Não há um sistema de corrupção dentro da Petrobras, a corrupção é um ato individual que tem que ser punido. Mas é uma ameaça a Petrobras confundir a justa luta pela punição dos corruptos em dizer que a Petrobras é uma empresa corrupta", defendeu Gabrielli. De acordo com ele, a estatal possui um rigoroso mecanismo de controle de suas atividades. Apesar disso, o ex-presidente disse que ficou surpreso com as denúncias reveladas pela Operação Lava Jato.

Imbassahy diz que Gabrielli agiu com desfaçatez
e zombou dos brasileiros

Ao comentar o depoimento prestado na tarde da quinta-feira, 12, pelo ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, à CPI que apura corrupção na estatal, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB), vice-presidente da comissão, disse que Gabrielli agiu com desfaçatez e zombou da inteligência dos brasileiros ao negar conhecimento sobre os ilícitos descobertos na empresa, por ocasião da sua administração. 

“Ele falou de outra empresa, não da Petrobras. Entre outras barbaridades, o ex-presidente disse que a corrupção na Petrobras é apenas individual, e não sistêmica, enquanto o ex-diretor da companhia, Pedro Barusco, dois dias atrás afirmou, na CPI, que era um processo institucionalizado desde 2014”, comparou Imbassahy.

Para o deputado, é inaceitável Gabrielli ter negado prejuízo bilionário na compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios da história da Petrobras. “Ele só pode estar brincando. Bem se vê que é uma pessoa que não merece a menor consideração. Isso é cinismo e hipocrisia”, rebateu o tucano.

O parlamentar disse também que, a partir desse depoimento ficou evidente a responsabilidade da presidente Dilma, enquanto presidente do conselho de administração da empresa, nas principais decisões de compra e venda de ativos, a exemplo da trágica compra de Pasadena.

“O depoimento do ex-presidente serviu ainda para deixar clara a ligação dele com o PT e mostrar que sua indicação para comandar a maior companhia do país, sem as qualificações necessárias, que o cargo requer, só se deu por causa dos mais de 30 anos de amizade com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, até recentemente preso na penitenciária da Papuda condenado no processo do mensalão”, concluiu