Os vereadores continuam repercutindo a passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado no domingo, 8. Gilmar Santiago (PT) cobrou do secretário da Educação, Guilherme Bellintani, a construção de creches em Salvador: “Em dois anos de gestão ACM Neto não foi construída uma creche. Uma vergonha para uma cidade onde 88 escolas estão fechadas para reforma em pleno ano letivo e quase 50% das mulheres são chefes de família”.
Segundo ele a prefeitura alega não ter terrenos para atender ao padrão para financiamento do governo federal e por isso quer se desobrigar da questão. Ele lembra que Bellintani já é o terceiro secretário em dois anos, “sinal de que a educação em Salvador não vai bem”. Além disso há um déficit de vagas no ensino fundamental, cuja responsabilidade é da prefeitura, transformando a cidade na pior da área entre as capitais.
Comissão da Mulher
Já a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da CMS foi instalada na tarde desta terça-feira, 10, presidida por Aladilce Souza (PCdoB). Participaram também do encontro a presidente do Conselho Municipal da Mulher, Madalena Noronha, a superintendente de Políticas para Mulheres, Monica Passos, e a representante da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, Carla Ramos.
De acordo com Aladilce o objetivo da Comissão é ouvir o Executivo e dialogar para definir a agenda de trabalho: “Vamos levantar alto a bandeira das mulheres”. A vice-presidente do colegiado, vereadora Cátia Rodrigues (Pros), garantiu que o organismo vai apoiar projetos que beneficiem as mulheres e será contra qualquer tipo de discriminação: “A mulher deve procurar os órgãos para se defender. Que não fique calada quando sofrer violência”.
Vânia Galvão (PT) destacou assuntos como feminicídio, Ronda Lei Maria da Penha, presença feminina na política e geração de emprego para as mulheres, principalmente as com idade acima de 40 anos: “É importante pautar assuntos que garantam políticas públicas para as mulheres”, defendeu.
Também estiveram presentes Ana Rita Tavares (PEN), Kátia Alves (DEM), Leandro Guerrilha (PSL), Hilton Coelho (PSOL) e Gilmar Santiago (PT).
Vale do Matatu
A comunidade do Vale do Matatu comemorou a data com um café da manhã oferecido por Everaldo Augusto (PCdoB), com a participação de aproximadamente 100 mulheres. A programação constou de palestra sobre saúde da mulher, ministrada por Inalba Fontenelli, diretora do Sindsaúde-Ba; recital de poesias de Adélia Prado, Cecília Meireles, Bruna Lombardi, Elisa Lucinda, Florbela Espanca e Alice Ruiz, por atores da Oficina de Teatro do Sindicato dos Bancários da Bahia; e apresentação da banda feminina Tambores e Cores .
“Desde sua origem, o Dia Internacional da Mulher tem um significado de luta e a cada ano é renovada. Hoje a data representa a luta pela igualdade de direitos, de oportunidades e pelo chamamento à participação política. Algo importante e que ganha destaque nacionalmente, sobretudo nos governos Lula e Dilma, com vitórias para as mulheres como a Lei Maria da Penha e do Feminicídio, como a PEC das domésticas, entre outros”, observou o comunista.
Em Plataforma
Outra festa foi feita no subúrbio de Plataforma, com uma caminhada pelas ruas do bairro. As atividades foram promovidas por J. Carlos Filho (PT) e contaram com apoio da Associação Mulher Comunidade e de líderes comunitários da região. O percurso foi da Praça São Brás até a Rua dos Ferroviários.
Fazendo uma alusão a uma das músicas que fizeram sucesso no carnaval deste ano, a educadora Amanda Silva utilizou o refrão da música do cantor de pagode Igor Kannário “Tudo nosso, nada deles”, para convocar as mulheres à luta pelos direitos. Ela iniciou a manifestação falando sobre respeito, igualdade e dignidade e lembrando ainda a Lei Maria da Penha e a violência contra mulher.