Na foto, deputados Luciano Ribeiro, Luciano Simões Filho, Leur Lomanto Jr, Marco Prisco e Sandro Régis
Tasso Franco , da redação em Salvador |
25/02/2015 às 17:29
Líderes da oposição conversam com o editor do Bahia Já
Foto: BJÁ
Os líderes da bancada da oposição na Assembleia Legislativa estão promovendo um périplo pelas redações dos veículos de comunicação em Salvador - e outras instituições - com o objetivo de difundir as ações que pretendem realizar em 2015, projeto duradouro que se estenderá às eleições municipais de 2016 e as estaduais em 2018. Claro que, muita coisa vai depender da Reforma Politica, em andamento no Congresso Nacional.
Uma das questões, ainda não consensual nem convergente é, exatamente, a coincidência dos mandatos. Caso vinge de imediato, um prolongamento dos mandatos de 2016 para 2018, o projeto da oposição passará por ajustes. Uma coisa, no entanto, é afirmativa no grupo, cujo líder principal é o deputado Sandro Régis (DEM), a bancada está mais forte do que na última gestão Wagner, mais ampla (6 partidos e 21 parlamentares) e mais qualificada.
Sandro Régis está otimista e disse ao BJÁ que a proposta é trabalhar de forma compartilhada e integrada, ou seja, todos com missões a serem cumpridas, inclusive na análise de todos os projetos que chegarem a Assembleia - dos Poderes Executivo e Judiciário e mais dos deputados - detalhando o que é bom para a Bahia e o que representa apenas uma demanda de Poder do PT e aliados.
- Nós não vamos fazer oposição à toa, ou oposição por oposição. Não teremos dificuldades em votar a favor de projetos do Executivo que sejam bons para a Bahia e sua população, mas, precisamos analisar cada um deles com muita atenção. Daí que nosso trabalho se estenderá às Comissões e de forma muito vibrante ao plenário, destaca Régis.
A bancada também não vai ficar olhando pelo retrovisor. Tem uma posição muito clara do que representou a derrotada de Paulo Souto e aponta pelo menos três pontos que teriam sido vitais: o uso da máquina do governo nos planos federal e estadual; o crescimento de Dilma na reta final da campanha; e o afastamento de Aécio no primeiro turno.
POSICIONAMENTO
Considera esse momento como águas passadas embora retire do pleito algumas lições que serão analisadas no decorrer do processo a partir de agora. Um dos pontos, na atualidade, é a perda do poder popular do PT diante da enxurrada da corrupção que se instalou na Petrobras e outros, o que representa uma novidade se comparado ao que foi apresentado à população, em 2014.
Uma outra questão é a diferença de comportamento do ex-governador Jaques Wagner e do atual governador Rui Costa, dois modelos distintos no tratamento e que, no decorrer do tempo, a oposição vai se posicionar.
De imediato, diz o lider do DEM, Luciano Ribeiro: "O governo Rui é míope. Não tem política pública e está obcecado diante da perspectiva de um enfrentamento com ACM Neto, no futuro próximo. Ademais, não pode tratar municípios de forma afetiva como fez aqui no seu primeiro pronunciamento sobre Jequié", frisou.
RELAÇÃO WAGNER X RUI
A oposição não entra no mérito de possíveis dissidências entre Wagner e Rui. O líder do PMDB, deputado Leur Lomanto Jr, destaca, no entanto, que "Rui está avalizando tudo aquilo que dissemos aqui na legislatura passada sobre a saúde, a educação e a segurança no governo Wagner, o caos que era, tanto que está promovendo uma reforma estruturante na educação e na saúde".
Onde isso vai dar - salvo a dissidência aberta que já aconteceu com o deputado federal Jorge Solla, ex-secretário de Saúde - é impossível avaliar, agora, no inicio do governo. Leur cita como exemplo, o Hospital Regional de Seabra que está sendo construido há 8 anos e a obra só avança um pouco mais em ano eleitoral.
A CRISE FINANCEIRA
O líder da oposição, Sandro Régis, diz que Rui "começou o gverno muito mal e tem tudo para terminar nessa direção sobretudo porque enfrenta um ano (2015), de perda da popularidade do PT, da crise financeira do Brasil e do caos nacional na economia promovido pelos governos nacionais do PT, além do carimbo da corrupção".
Segundo Luciano Ribeiro, hoje, a população está tendo mais clareza, vendo melhor como foi enganada pelo PT nas últimas eleições e vai se juntar a outras lideranças para ter uma vida melhor.