Política

Bebeto defende a indústria naval e critica ex-presidente da Petrobras

Vide
Imprensa BG , BSB | 12/02/2015 às 11:45
Deputado Bebeto Galvão, do PSB/BA
Foto: Sérgio Francês
  O deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA) demonstrou preocupação com o reflexo
 do escândalo da Petrobras na indústria naval da Bahia. Em discurso no 
plenário da Câmara, nesta terça-feira (10), o socialista também criticou
 a decisão da ex-presidente da estatal, Graça Foster, que privilegiou 
grupos estrangeiros em edital de licitação, na modalidade convite, para 
construir blocos para equipamentos navais.

   De acordo com Bebeto, a crise na Petrobras, que envolveu o presidente 
da Setebrasil, Pedro Barusco, impactou a indústria naval do estado 
baiano, já que a empresa não cumpriu com suas obrigações contratuais. “A
 Sete, com sua inadequação financeira, não pagou os seus contratados, 
como o Estaleiro Indústria Naval (EIN), na Bahia. A obra está com 80% do
 cronograma físico. Os 20% restante seria concluídos até dezembro de 
2015. No pique da obra tivemos sete mil trabalhadores. Em outubro, com o
 início da crise e até dezembro tínhamos 5.500”, apontou o parlamentar.

      O parlamentar também demonstrou preocupação com o privilégio que 
empresas estrangeiras tiveram ao assumir a construção de blocos para 
equipamentos navais. Bebeto lembra que já havia denunciado a atitude da 
ex-presidente da estatal. “Isso configura um verdadeiro tiro no pé e um 
desmerecimento ao setor naval e cadeia produtiva da construção, que tem 
produzido escala de crescimento com melhoria da indústria nacional.”

     Ao defender a indústria nacional, o deputado afirmou que o 
desenvolvimento de indústrias brasileiras proporciona a criação de 
tecnologias que permitem o retorno do investimento. “A retirada de 
empresas brasileiras dos editais é desfavorável aos interesses do País. A
 indústria internacional, que não incorpora tecnologia, atende ao 
interesse de poucos. É necessário tempo para criação de tecnologia e o 
impedimento de empresas nacionais corta o aprendizado, o que inviabiliza
 a competitividade, forçando o país a se manter dependente de tecnologia
 externa”, completou Bebeto.