Política

LAVAGEM! Eduardo Cunha (PMDB) eleito presidente da Câmara c/ 267 votos

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Terra , BSB | 01/02/2015 às 20:22
Eduardo Cunha (PMDB) acena para seus colegas
Foto: Ag Câmara
A Câmara dos Deputados elegeu neste domingo, em primeiro turno, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados pelos próximos dois anos. Com 267 votos, o peemedebista não precisou passar pelo segundo turno e derrotou Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (Psol-MG).

SAIBA MAIS

Liderando um bloco de 218 deputados, Cunha obteve um número ainda maior de votos. Chinaglia recebeu 136 votos, enquanto Delgado ficou com 100 e o candidato do Psol, oito. O peemedebista saiu ainda mais fortalecido da disputa por ter conseguido indicar o primeiro vice-presidente e o primeiro secretário da Casa.

Apesar de pertencer ao partido do vice-presidente Michel Temer, o triunfo de Cunha é uma derrota para o Palácio do Planalto, que entrou em peso na disputa na última semana para eleger Arlindo Chinaglia. Com uma candidatura lançada no início de dezembro, o peemedebista conseguiu reunir 14 partidos em torno de seu projeto, enquanto o PT atraiu apenas outras quatro legendas.

Além da presidência, o megabloco do PMDB terá prioridade para escolher três comissões para presidir antes do grupo liderado pelo PT.

Perfil

Nascido no Rio de Janeiro, Eduardo Consentino da Cunha, 56 anos, é economista, radialista e exerce a liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. Apesar de representar um partido governista, o peemedebista provocou dores de cabeça no Palácio do Planalto ao contrariar interesses do governo em votações, como no Marco Civil da internet ou na medida provisória que estabelecia um marco regulatório para os portos.

No início de 2014, Cunha articulou a criação de um bloco informal de partidos insatisfeitos com a reforma ministerial e com a articulação política do Congresso. O grupo levou Dilma a sofrer derrotas no Congresso, como na criação da CPI mista da Petrobras.

Entre aliados, Cunha é considerado um notável articulador político que cumpre acordos. Sua campanha é baseada em um discurso de independência da Câmara, “nem de oposição nem de submissão”.