Política

GILMAR SANTIAGO critica iniciativas do prefeito ACM Neto

Petista aponta falhas no programa Ouvindo Nosso Bairro
, da redação em Salvador | 21/01/2015 às 19:37
Gilmar: saravaida de críticas
Foto: Limiro Besnosik

As afirmações do prefeito ACM Neto, de que o Governo do Estado não participará do Carnaval 2015 em Salvador, foram rebatidas pelo vereador Gilmar Santiago (PT), líder da oposição na Câmara Municipal.

O petista ironizou: “Provavelmente ele está tão atordoado com a desagregação na sua base de apoio que perdeu o contato com a realidade. Sem o Governo da Bahia o Carnaval de Salvador simplesmente não acontece. São mais de R$ 60 milhões de investimentos em áreas essenciais como segurança pública, plantão 24 horas na saúde, os programas Ouro Negro, Carnaval Pipoca, Carnaval no Pelourinho, além do apoio à festa em outras cidades”.

Cachês caros

Ou então, completou o edil, “deve ser má fé da parte dele não querer enxergar a grandeza do apoio do governo ao Carnaval. Vai entender”. O oposicionista anunciou ainda que vai cobrar informações do secretário de Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani, sobre os cachês pagos às atrações do Réveillon de Salvador.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, alguns valores foram superiores aos pagos aos mesmos artistas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. “Defendo o princípio de que todo trabalho deve ser bem remunerado. Mas, será que o caixa do município anda tão folgado a ponto da Prefeitura de Salvador pagar mais que a do Rio? Com a palavra o secretário”, disse Gilmar.

Arremedo de democracia

O legislador acompanhou reuniões do programa Ouvindo Nosso Bairro em Cosme de Farias, Vale do Matatu, Luís Anselmo, São Marcos, Pau da Lima e Sete de Abril e deu seu veredito sobre a iniciativa: é uma tentativa de descaracterizar o sentimento geral de autoritarismo em relação à administração municipal.

Para ele “essas reuniões são um mecanismo precário de participação popular. Tudo é preparado no sentido de fazer propaganda do prefeito e prometer obras para os bairros. No final das contas é a prefeitura que decide o que será feito”. A seu ver o projeto da prefeitura difere totalmente da ideia do orçamento participativo criado pelo PT, no qual a população define as prioridades.

“Qual a relação deste programa com o orçamento do município? Não são discutidos temas de grande importância, como trânsito, creches e atenção básica à saúde”, questiona. Ele lembra que Imbassahy prometeu democratizar a gestão e não cumpriu, João Henrique ignorou o orçamento participativo, contribuição do PT por intermédio de Marta Rodrigues e Edson Valadares, que fez audiências públicas em toda a cidade, e agora ACM Neto promove um arremedo de democracia.