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Ascom JA , Salvador |
05/01/2015 às 19:06
O secretário nacional de Cultura do PCdoB e ex-deputado estadual na Bahia pelo partido,
Javier Alfaya, em resposta às notícias sobre o surgimento do nome dele nas
investigações da Polícia Federal (PF) na Operação Lava-Jato, nega qualquer envolvimento
em esquemas de corrupção, em todos os 25 anos de participação na vida pública –
como parlamentar ou gestor. Não há, segundo ele, a menor possibilidade de estar
vinculado aos atos investigados.
Alfaya explica que, em todas as eleições que concorreu, teve as contas relativas aos gastos de
campanha aprovadas, e que todas as arrecadações sempre foram muito discretas. “A
todos e todas a quem pedi contribuição [para as campanhas] não tinham relação -
pelo menos que eu soubesse - com suposto esquemas sob investigação, nem tinham
relação com a Petrobrás ou empresa pública”, escreveu.
O militante do PCdoB afirmou, ainda, que é o maior interessado em conhecer os detalhes das
investigações e que vai buscar informações sobre as notícias que estão sendo
veiculadas. Javier Alfaya aproveitou a ocasião para reiterar o posicionamento
contrário ao financiamento empresarial de campanha e para defender uma reforma
política democrática urgente no Brasil.
Confira o
esclarecimento na íntegra:
Faço um esclarecimento urgente. Saiu na edição de hoje do Jornal "A
Tarde" uma nota na página B2, intitulada " PF levanta suspeita sobre
Javier Alfaya".
O texto fala que meu nome apareceria em agenda de doleiro sob investigação na
operação "Lava-Jato".
Faço questão de deixar bem claro que as contas de minhas campanhas sempre
revelaram a verdade, e estão todas aprovadas, e revelam custos muito discretos,
refletindo o caráter mais militante das campanhas, nunca baseadas em compra de
votos ou coisa parecida.
Acabei de pagar há poucos meses atrás dois empréstimos bancários fruto das
dificuldades financeiras decorrentes das campanhas para deputado estadual de
2010 e de vereador de 2012. Não possuo bens a não ser dois apartamentos quarto
e sala declarados no Imposto de Renda e dois automóveis comprados com
financiamento bancário, um deles começando agora em janeiro.
Quem me conhece de perto sabe que não me mexo na vida atrás de símbolos de
status social num sistema de valores que luto para superar. Patrimônio
exagerado e riqueza não fazem parte de meus objetivos, me envolver em esquemas
pouco claros na política não faz parte do meu passado, nem presente, nem o será
no futuro.
Sou o maior interessado em saber o que consta nessas anotações e o porquê
disso.
Não tenho atividade empresarial de qualquer tipo e nos últimos 25 anos tenho
desenvolvido atividades parlamentares, como vereador e deputado, e cargos de
nomeação política, articulados pelo Partido, o PCdoB, vivendo financeiramente
falando dos salários decorrentes de minhas atividades institucionais.
mar o máximo de informações a partir de hoje e manter todos informados sobre episódio
Não existe a menor possibilidade de ter participação em atos como os que tem
sido objeto das investigações.
Repito que o maior interessado em saber sou eu. E não tenho nada a esconder ou
do que me envergonhar.
Pela reforma política democrática já! Pelo fim das contribuições de empresas
para campanha e pela adoção da contribuição pública e pessoal/individual para a
atividade eleitoral e política.
É o que penso e defendo, é o que defendemos no PCdoB.