Política

PETROBRAS e Rosemberg rebatem denúncias de ex-gerente e negam fraudes

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Juliana Wandega e Redação , Salvador | 13/12/2014 às 08:42
Deputado Rosemberg Pinto (PT) diz que nada tem a ver com corrupção na Petrobras
Foto: BJÁ
    
Com relação à notícia veiculada na Folha de São Paulo e repercutida no Jornal Nacional da Rede Globo, hoje 12/12/14, o deputado estadual Rosemberg Pinto declara não ter qualquer envolvimento com as denúncias feitas pela senhora Venina Velosa contra o senhor Geovane de Moraes, relacionadas a desvios na Petrobras. 

Ao contrário, na ocasião coordenou uma comissão interna, composta por representantes da auditoria, do jurídico e do abastecimento, que apurou e detectou a existência de desrespeitos às normas e procedimentos da Petrobras. Lamenta portanto, a vinculação do seu nome a estas denúncias.

NOTA DA PETROBRAS

A Petrobras divulgou nota, na noite desta sexta-feira, esclarecendo a posição da empresa frente às denúncias feitas por Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente que disse ter alertado a diretoria sobre fraudes antes mesmo do início das investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a petroleira, a ex-funcionária foi ouvida em comissões internas e, nessas ocasiões, manteve-se calada. "Ela guardou estranhamente por cerca de 5 anos o material e hoje possivelmente o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão", diz o comunicado. 

A estatal explica que ela foi desligada pois, estando envolvida nas irregularidades apuradas, chantageou seus superiores. "A empregada foi citada no relatório com referência a responsabilidades por não conformidades consideradas relevantes (...). Ela foi destituída da função de diretora presidente da empresa Petrobras Singapore Private Limited em 19/11/2014, após o que ameaçou seus superiores de divulgar supostas irregularidades caso não fosse mantida na função gerencia", completa. 

Íntegra da nota

Com referência às matérias publicadas na imprensa a respeito de denúncias feitas pela empregada Venina Velosa, a Petrobras reitera que tomou todas as providências para elucidar os fatos citados nas reportagens. Não procede a afirmação de que não houve apuração por parte da Companhia em nenhum dos três casos citados por ela: RNEST, Compra e Venda de BUNKER e Irregularidades da Gerência de Comunicação do Abastecimento.

A Petrobras instaurou comissões internas de apuração, entre as quais uma referente aos procedimentos de contratação nas obras da RNEST, em 2014. A empregada foi ouvida nesta comissão, momento em que teve a oportunidade mas não revelou os fatos que está trazendo agora ao conhecimento da imprensa. A empregada guardou estranhamente por cerca de 5 anos o material e hoje possivelmente o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão.

SA empregada foi citada no relatório desta Comissão com referência a responsabilidades por não conformidades consideradas relevantes. O resultado foi enviado às Autoridades Competentes (MPF, PF, CVM, CGU e CPMI) para as medidas pertinentes. A empregada foi destituída da função de diretora presidente da empresa Petrobras Singapore Private Limited em 19/11/2014, após o que ameaçou seus superiores de divulgar supostas irregularidades caso não fosse mantida na função gerencial.

A Petrobras instaurou comissões internas em 2008 e 2009 para averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela gerência de Comunicação do Abastecimento. O ex-gerente da área foi demitido por justa causa em 3 de abril de 2009, por desrespeito aos procedimentos de contratação da Companhia. A demissão não foi efetivada naquela ocasião porque seu contrato de trabalho estava suspenso, em virtude de afastamento por licença médica. A demissão foi efetivada em 2013. O resultado das análises foi encaminhado para a CGU e MP/RJ e há uma ação judicial em andamento visando ao ressarcimento dos prejuízos causados à companhia pelo ex-empregado.

Após resultado do Grupo de Trabalho constituído em 2012, a Petrobras aprimorou os procedimentos de compra e venda de bunker, com a implementação de controles e registros adicionais. Com base no relatório final, a Companhia adotou as providências administrativas e negociais cabíveis. A Petrobras possui uma área corporativa responsável pelo controle de movimentações e auditoria de perdas de óleo combustível, que não constatou nenhuma não conformidade no período de 2012 a 2014.