Presidente ironiza Rosemberg, o candidato petista, e diz que não vai procurar o PT para negociar reservando ao partido uma quarta secretaria.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
25/11/2014 às 17:24
Presidente da Assembleia em conversa com os jornalistas nesta terça
Foto: BJÁ
Em entrevista com os jornalistas credenciados na Assembleia Legislativa, na tribuna da imprensa, nesta terça-feira, 25, o presidente da Assembl;eia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT) disse que não vai procurar a bancada do PT para um possível acordo na sua reeleição e destacou que reservou, apenas por direito partidário, uma vaga para um petista na Mesa Diretora da Casa na quarta secretaria.
Perguntado se não era pouco, o presidente situou que está participando de uma disputa com um candidato petista, "a direção deste partido esteve aqui na casa e sequer me procurou ou me comunicou o lançamento da candidatura do líder petista Rosemberg Pinto" e agora, diante do bate-chapa, como entende que tem melhores condições de vencer o pleito, estaria de bom tamanho para o PT uma quarta secretaria.
Digo mais pra vocês: "Rosemberg Pinto não ganha nem pra inspetor de quarteirão e voês devem saber o que é inspetor de quarteirão". Com a corda toda e solta, Marcelo comentou que ficou "angustiado" por não ter sido escolhido candidato a vice-governador na chapa de Rui Costa e que, eleito deputado, não pretendia ser candidato novamente a presidência, porém, foi aconselhado por parlamentares a ser presidente, mais uma vez.
"Eu tinha 1% de chances de ser escolhido candidato a governador (por Wagner) e achava que tinha 99% de ser o candidato a vice, mas, não fui" frisou o presidente destacando em tese (observação nossa) que não se trata de uma retaliação ao governador e ao PT, apenas um direito para completar o seu trabalho na Assembleia.
Marcelo lembrou que foi convidado por ACM Neto para ser candidato a senador na chapa de Paulo Souto, também conversou com Geddel Vieira Lima e disse a ambos que não mudaria de lado, e que permaneceu ao lado do governador Wagner. "Alguém duvida de minha fidelidade ao governador, ao governo da Bahia?" perguntou.
Ou seja, também observação nossa, se houve infidelidade partiu do lado de Wagner, governamental, deixou transparecer.
Acrescentou, portanto, que pretende ser presidente novamente para concluir o trabalho de "prolongamento da independência do Poder Legislativa e atuarmos junto a outro governador, para não ficar restrito a Marcelo/Wagner". Sobre a postura do governador eleito de ser republicano, tal Wagner, disse que tem que esperar Rui assumir e governar para verificar.