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Eliana Frazão , Salvador |
24/11/2014 às 14:38
Deputado Imbassahy comentou reportagem de Veja
Foto: Ag BRasil
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, classifica de gravíssima a denúncia de que Dilma e Lula poderiam ter interrompido o propinoduto que vem assolando a Petrobras nos últimos anos, mas nada fizeram para impedir perdas bilionárias para a maior estatal do país. Reportagem da edição desta semana da revista “Veja”, mostra mensagem enviada por Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras, à Dilma, que à época era chefe da Casa Civil, na qual propõe uma solução política para a recomendação do TCU ao Congresso de paralisação de três grandes obras da Petrobras em virtude da identificação de irregularidades.
E foi o que ocorreu: o Congresso aprovou o corte dos recursos para as obras, mas Lula vetou e mais de R$ 13 bilhões foram liberados para quatro empreendimentos da estatal superfaturadas, inclusive as indicadas por Paulo Roberto.
Imbassahy afirma que essa mensagem aproxima ainda mais a presidente do esquema de corrupção na estatal. Ele chama atenção para o fato de Costa ter ultrapassado os limites hierárquicos e ter se dirigido diretamente a Dilma – braço direito de Lula na época –,“o que revela uma relação muito próxima, que dispensava formalidades”. Na opinião do parlamentar, isso explica ainda o porquê de o Planalto agir para barrar os trabalhos da CPMI no Congresso.
“Não em dúvidas, tudo aconteceu de fato nas barbas da presidente Dilma. Ela podia até não saber de tudo, pelo tamanho que se mostrou o problema, mas de que ela não sabia de nada, isso ninguém em sã consciência acredita”, opina o líder tucano.
Para Imbassahy, as consequências do Petrolão, como é conhecido o esquema que sangrou a maior estatal do país, terão grande impacto também no próximo ano, quando começa uma nova legislatura no Congresso Nacional. E, certamente são objeto de uma nova CPI que deverá ser aberta em 2015. A atual CPMI segue investigando até 22 de dezembro.